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Romoaldo de Souza: Presidente da Câmara sobe o tom e diz: "eu não sou um frouxo"

Defesa de Jair Bolsonaro já começou a espernear: "vindo a ser julgado" o ex-presidente quer que seja pelo plenário e não pela primeira turma do STF

Por Romoaldo de Souza Publicado em 19/02/2025 às 22:14 | Atualizado em 20/02/2025 às 8:28

‘EU NÃO SOU UM FROUXO’

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), passou um carão desse tamanho em parlamentares estridentes bolsonaristas e virulentos petistas, e vice-versa. “Se vossas excelências estão confundindo este presidente como uma pessoa paciente, como uma pessoa serena, como um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem”, ameaçou!

AMEAÇAS VELADAS

E concluiu ameaçando mandar ao Conselho de Ética “parlamentares que não souberem se comportar” na tribuna da Casa Legislativa. “Ou esse plenário se dignifica que está aqui representando o povo brasileiro ou nós não merecemos estar aqui”. Foi aplaudido por todos e - temporariamente - a paz foi selada.

Gov/BR
Ex-primeira-dama vai representar Bolsonaro na posse de Trump - Gov/BR

‘SANTA DO PAU OCO’

Dos três grupos de “influenciadores” que compartilhavam do gabinete, da cozinha e até da cama com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), a revelação mais surpreendente na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid foi de que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro integrava a ala dos radicais. Ela estava ombreada do ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência Social) e do sanfoneiro nas horas vagas Gilson Machado (Turismo). Os radicais trabalhavam em busca de provas de fraude nas urnas eletrônicas e alguns deles eram “a favor de um braço armado”.

IMPORTAÇÃO LUSITANA

Bastante comum no interior do Brasil para designar uma pessoa de caráter duvidoso, lembro-me de um culto para comemorar a aprovação, pelo Senado Federal, do nome de André Mendonça que ocuparia uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). A então primeira-dama falava em língua desconhecida. “Foi uma comunicação direta na presença do Espírito Santo”, disse à época.

NO PLENÁRIO OU NA TURMA?

A defesa de Bolsonaro argumenta que, “em havendo julgamento” que seja no plenário do STF: composto por 11 ministros. O relator, Alexandre de Moraes, mesmo contra a vontade de alguns colegas, defende que as denúncias de tentativa de golpe de Estado sejam julgadas pelo 1ª Turma: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e o próprio Moraes.

O PORTA-VOZ

O advogado Carlos Alberto de Almeida Castro - conhecido por Kakay - escreveu uma carta a um grupo de amigos que chocou o presidente Lula da Silva (PT), incomodou integrantes de um grupo chamado de “Prerrogativas”, mas recebeu a solidariedade de integrantes do governo e do PT que já não falam com Lula há bastante tempo. Só o chefe da Casa Civil, Rui Costa e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, não gostaram de serem responsáveis pelo isolamento forçado do presidente. “[Lula] Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem, ao seu lado, pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir. Não recebe mais os velhos amigos políticos”.

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NA DÚVIDA…

…liberou geral. Com isso, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci recebeu um “atestado” de inocente, assinado pelo ministro Dias Tofolli, do STF. Levando em conta o argumento de que o então juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, teria agido em conluio com o procurador Deltan Dallagnol, usando “estratégias previamente ajustadas”. Palocci está reabilitado, com um documento em mãos: “nulidade absoluta” nas investigações. Assinado: José Antonio Dias Toffoli.

TERMINOU O CASAMENTO

Cidadania e PSDB já não dormem mais de conchinha. A Executiva do Cidadania aprovou, por unanimidade, não renovar a federação partidária com o PSDB. As duas legendas dividiam a mesma “fronha” desde maio de 2022.

PENSE NISSO!

Agora que passou o fuzuê sobre a proibição de aparelhos eletrônicos na sala de aula, eu respirei, pensei e acredito que chegou a hora de dizer: não é bem assim.

Os educadores, e eu me incluo nesse rol, estão sendo submetidos a uma perigosa teia de melindres que na maioria das discussões e análises de textos acadêmicos é melhor gravar a conversa com o necessário aviso aos interlocutores.

No passado, ouvia-se muito o “carteiraço” “você sabe com quem está falando”? Ou, “você sabe quem é meu pai”?

Hoje, na falta de um convincente argumento com cientificidade, sujeito e complemento, ouvem-se murmúrios e buchichos afirmativos: “você não tem lugar para se posicionar dessa maneira”.

Temo que o smartphone seja o bode na sala de aula.

Pense nisso!

 

 

 

 

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