Burocracia policial impede combate à violência

Publicado em 26/08/2016 às 11:37 | Atualizado em 02/09/2016 às 11:58
Apesar do aumento da violência, burocracia da polícia impede registro de denúncias. Foto: JC Imagem/Arquivo
FOTO: Apesar do aumento da violência, burocracia da polícia impede registro de denúncias. Foto: JC Imagem/Arquivo
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Apesar do aumento da violência, burocracia da polícia impede registro de denúncias. Foto: JC Imagem/Arquivo Apesar do aumento da violência, burocracia da polícia impede registro de denúncias. Foto: JC Imagem/Arquivo Um professor universitário usou as redes sociais para fazer um desabafo na última semana. Estava na janela de casa, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, quando percebeu que suspeitos de assaltos a moradores da localidade estavam agindo novamente. Assustado, telefonou para o número 190 e pediu ajuda. Mas foi informado que a Polícia Militar não poderia enviar uma viatura ao local, já que ele não queria se identificar. Recebeu como "sugestão" da atendente que ele telefonasse para o Disque-Denúncia. Em vão. O serviço, que recebe ligações anônimas, está restrito ao horário comercial, após a Secretaria de Defesa Social (SDS) decidir não renovar a parceria com a ONG, que perdeu uma verba necessária para garantir a manutenção do serviço 24 horas. Resultado: os criminosos agiram livremente, fizeram mais vítimas e permanece a insegurança no bairro das Graças. Não é mais novidade que Pernambuco voltou a registrar altos índices de violência. O programa Pacto pela Vida já está defasado faz tempo e não há sinais de mudanças. O Estado registra em média 10 a 12 assassinatos por dia. Sem contar a onda de assaltos, arrastões e explosões de caixas eletrônicos diárias. Com tanta violência que persegue os cidadãos de bem, o tempo todo, é compreensível que os denunciantes não queiram se identificar. Temem pela própria vida. Mesmo assim, ao invés de convocar a população para se unir no combate à violência, a Secretaria de Defesa Social permanece alheia à realidade e somando falhas na atual gestão. A Polícia Militar tem o dever de estar nas ruas, realizando rondas ostensivas, protegendo o cidadão. É injustificável tamanha burocracia. Restou ao professor universitário o desabafo: "Será que estão esperando eu fazer um "live" do futuro assalto para que alguma medida seja tomada?" Mais uma bola fora da segurança pública estadual. Lamentável.   Confira série especial "Investigações sob suspeita" Caso Serrambi: quem matou Tarsila e Maria Eduarda? Caso Sérgio Falcão: mistério perto do fim? Caso Arturo Gatti: morte de lutador completa sete anos ainda com muitas dúvidas

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