Omissão resultou em nova rebelião e mortes na Funase de Vitória

Publicado em 03/04/2017 às 8:58
Funase de Vitória de Santo Antão registrou nvoa rebelião e três mortes. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
FOTO: Funase de Vitória de Santo Antão registrou nvoa rebelião e três mortes. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Funase de Vitória de Santo Antão registrou nvoa rebelião e três mortes. Foto: Diego Nigro/JC Imagem Funase de Vitória de Santo Antão registrou nvoa rebelião e três mortes. Foto: Diego Nigro/JC Imagem Uma tragédia anunciada. Por mais clichê que pareça, a expressão é a única que pode definir a nova rebelião que resultou em três mortes na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Vitória de Santo Antão. Insegura, a unidade já havia registrado duas fugas em massa e um assassinato há pouco dias. Os agentes já tinham denunciado, inclusive aqui neste blog, que o clima era muito tenso e que eles não tinham controle sobre os adolescentes. Mesmo assim, o Governo de Pernambuco não reforçou a segurança para impedir uma rebelião ainda maior que a anterior e com mais mortes. Não há outra definição para isso: omissão. O Pacto pela Vida, novamente, se mostra um programa ultrapassado, cheio de falhas. O programa, que deveria não só priorizar a repressão, mas também a prevenção, deixa de lado princípios fundamentais. Enquanto a preocupação, durante os últimos dez anos, foi em reduzir números da violência a partir de operações para prender quadrilhas, presídios e unidades da Funase se tornaram superlotadas - virando verdadeiros campos de concentração prestes a explodir. Não foi diferente em Vitória de Santo Antão - inaugurada há pouco mais de três anos. Definida como "modelo", a unidade, hoje, representa mais um investimento falho e que não ressocializa. Pelo contrário. Dá espaço para adolescentes que praticaram pequenos delitos, como roubo de celular, aprenderem a se especializar no mundo do crime. Assim como acontecem em presídios do Estado, os garotos comandam celas, pavilhões. Tudo com pleno apoio dos agentes socioeducativos, que, sem armas nem equipamentos de segurança, nada podem fazer. Ou liberam, ou podem ser as próximas vítimas. É mais um clichê: "É um salve-se quem puder". Até quando? Leia Também Ministério Público investiga omissão do Governo de Pernambuco na área da segurança Pernambuco registrou quase 1 mil assassinatos nos dois primeiros meses do ano    

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