Força-tarefa do Ministério Público vai investigar milícia em Pernambuco

Publicado em 17/08/2017 às 11:00
Policiais militares e civis foram presos por integrar quadrilha que atuava em várias cidades. Foto: Reprodução
FOTO: Policiais militares e civis foram presos por integrar quadrilha que atuava em várias cidades. Foto: Reprodução
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Policiais militares e civis foram presos por integrar quadrilha que atuava em várias cidades. Foto: Reprodução Um grupo de promotores de Justiça vai formar uma espécie de força-tarefa para atuar nas investigações da quadrilha de policiais civis e militares que formavam uma milícia privada com atuação em vários municípios de Pernambuco. O anúncio foi feito pelo procurador Ricardo Lapenda. Segundo ele, o reforço é necessário por conta da forte atuação do crime organizado nesses locais. Além da segurança privada, os integrantes praticavam homicídios, ataques às residências de alguns policiais (um ataque em 2016 e, quatro neste ano), atuava também nos comércios, condomínios e sítios dos outros municípios. A polícia afirmou ainda que os envolvidos faziam segurança de políticos. Eles agiam nos municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Toritama e Taquaritinga do Norte. A decisão de reforçar as investigações foi tomada pela Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). Promotores que atuam nas cidades citadas já estão acompanhando o caso. Mas a PGJ entendeu que é preciso uma presença maior do Ministério Público para garantir agilidade para punição dos criminosos. Pelo menos 10 pessoas integravam a milícia. Quatro policiais militares da ativa foram presos temporariamente na terça-feira: Waitã Teixeira dos Santos, Adalberto Campelo Alves, Rivaldo Vieira da Silva (apresentou-se na noite da segunda-feira) e Orlay Soares dos Santos (suspeito de ser o líder). Foi cumprido também o mandado de prisão do policial Militar aposentado (reserva), Romildo Gonçalves da Silva. Três policiais civis foram presos: Francinaldo Roberto da Silva Brito, João Paulo Julião de Macedo (Paulo Ceará) e Gilmário Queiroz de Almeida. O outro civil, Otávio Manoel de Brito Neto (Tavinho), suspeito de ser o gerente do grupo, já se encontra preso por outros crimes. Jacson Henrique da Silva, assassinado neste ano, também fazia parte do grupo. De acordo com o procurador Ricardo Lapenda, que é coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do MPPE, estão sendo analisados os elementos para um possível pedido de prisão preventiva dos envolvidos. Também será estimulada a delação premiada para ajudar nas investigações, como antecipou o Ronda JC. LEIA TAMBÉM Após assalto à Brinks, líder de quadrilha continuou trabalhando como guarda de trânsito      

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