Homicídios em Pernambuco aumentaram 39% na gestão de Paulo Câmara

Publicado em 16/01/2018 às 7:15
Pernambuco registrou 5.427 homicídios em 2017. É o pior resultado da história. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
FOTO: Pernambuco registrou 5.427 homicídios em 2017. É o pior resultado da história. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Pernambuco registrou 5.427 homicídios em 2017. É o pior resultado da história. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Nos três primeiros anos da gestão do governador Paulo Câmara (2015 a 2017), Pernambuco registrou, oficialmente, 13.795 homicídios. Se comparado com o mesmo período do segundo mandato do ex-governador Eduardo Campos (2011 a 2013), quando 9.928 mortes foram contabilizadas, houve aumento de 39% nos assassinatos. A escalada da violência foi confirmada nessa segunda-feira pela Secretaria de Defesa Social (SDS). O ano de 2017 fechou como o mais violento da história.  No total, 5.427 homicídios foram registrados em Pernambuco. Destes, 3.062 foram em cidades do Interior, 1.574 na Região Metropolitana e 791 no Recife. Apesar do recorde negativo histórico, a SDS fez um comparativo entre o primeiro e o segundo semestre do ano passado para apontar redução nas mortes. Segundo a pasta, nos seis primeiros meses foram registrados 2.875 homicídios. Já nos seis últimos, foram 2.552. “Fizemos esse estudo comparativo entre os semestres para demonstrar que há uma tendência, e trabalhamos por resultados mais significativos em 2018”, afirmou, em nota oficial, o secretário Antônio de Pádua. A escalada da violência, como demonstra o comparativo entre os governos Câmara e Campos, deve-se, entre outros motivos, à demora nos investimentos em efetivo policial e em ações de combate às drogas. Desde 2011, incansavelmente, sindicatos e associações ligados à segurança pública, denunciavam que profissionais estavam se aposentando e eram necessários concursos, que só aconteceram nos dois últimos anos. O resultado: delegacias fechadas à noite e nos fins de semana por falta de policiais civis, inquéritos acumulados por falta de delegados, insegurança nas ruas porque não há um número suficiente de policiais militares. A previsão é de que ainda no primeiro semestre deste ano, esse cenário mude. "Teremos um reforço significativo na Polícia Civil, com novos 140 delegados, 620 gentes e 90 escrivães, assim como na Polícia Científica, que contará com mais 139 peritos criminais, 130 auxiliares de peritos, 73 auxiliares de legistas, 51 peritos papiloscopistas e 40 médicos legistas. No Corpo de Bombeiros, mais 300 homens e mulheres irão concluir o curso de formação este ano”, disse Pádua. Pelo menos 50 homicídios foram registrados neste fim de semana em Pernambuco Falta de policiamento e aumento da violência impõem medo em Igarassu Novos concursos para as polícias Civil e Militar ainda indefinidos Confira os números da violência: 2011 - 3.507 2012 - 3.321 2013 - 3.100 2015 - 3.889 2016 - 4.479 2017 - 5.427 Fonte: SDS  

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