SDS determina prisão de policial acusado de matar estudante em Escada

Publicado em 26/01/2018 às 11:30 | Atualizado em 26/01/2018 às 12:49
Estudante de 16 anos foi morto durante uma abordagem policial em Escada, na Mata Sul do Estado. Foto: Arquivo Pessoal
FOTO: Estudante de 16 anos foi morto durante uma abordagem policial em Escada, na Mata Sul do Estado. Foto: Arquivo Pessoal
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Estudante de 16 anos foi morto durante uma abordagem policial em Escada, na Mata Sul do Estado. Foto: Arquivo Pessoal Após dois anos e meio de investigações, a Secretaria de Defesa Social (SDS) concluiu o processo administrativo que apurou a conduta do policial militar Miguel Furtado de Souza, acusado de matar com um tiro de fuzil o estudante Marcelo Lauriano Gomes Filho, 16, durante uma abordagem no município de Escada, na Mata Sul de Pernambuco, em 2015. O secretário Antônio de Pádua determinou que o PM seja punido com 30 dias de prisão. A medida deve ser cumprida imediatamente após a notificação. Na decisão, o gestor da SDS afirmou que o sargento "conta com 127 (elogios) decorrentes de ocorrências policias relevantes para a segurança pública do Estado e nenhuma punição disciplinar registrada nos seus assentamentos funcionais". Pontuou ainda que ele já responde a processo na Justiça pelo crime e que, se condenado, caberá ao procurador geral de Justiça formular parecer sobre a possível perda de graduação do policial. A morte de Marcelo Lauriano aconteceu em 16 de junho de 2015. Ele dirigia o carro do pai, quando foi abordado por policiais da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac). Dentro do veículo estavam um irmão de Marcelo e dois amigos. Eles conversavam com um casal que estava em outro carro, um Corolla, em frente a sede dos bancos Santander e Banco do Brasil, por volta das 23h. O jovem que dirigia o Corolla foi abordado e entregou os documentos. Marcelo, por ser menor de idade e não ter carteira de habilitação, tentou fugir. Os policiais solicitaram, por duas vezes, que ele parasse o veículo, mas, como não tiveram resposta, o PM Miguel de Souza fez um disparo de fuzil em direção ao carro. O tiro acertou a cabeça de Marcelo. Os policiais envolvidos na ocorrência ainda acionaram o Samu, mas o menino já estava sem vida. À Polícia Civil, o sargento disse que escorregou com a arma, atirando acidentalmente contra o adolescente. As cinco testemunhas e os demais policiais negam a versão do PM. Ele responde por homicídio qualificado, porque a vítima não teve chance de defesa. A pena pode chegar a 30 anos de prisão, caso seja condenado. LEIA TAMBÉM Justiça nega pedido de absolvição para PMs do Caso Itambé Acusado de assassinar a estudante Remís Costa vira réu Homicídios em Pernambuco aumentaram 39% na gestão de Paulo Câmara  

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