É uma delegacia, mas parece um imóvel abandonado

Publicado em 20/02/2018 às 7:15 | Atualizado em 20/02/2018 às 7:38
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  Repare bem nas imagens. São da parte interna da Delegacia de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul de Pernambuco. É neste espaço onde os policiais civis, incluindo o delegado, trabalham nas investigações de crimes registrados no município. Olhando bem, parece mesmo uma delegacia? A falta de estrutura e deterioração do imóvel foram denunciadas nessa segunda-feira (19) pelo deputado estadual Álvaro Porto (PSD), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, três dias após a chacina que deixou cinco mortos na cidade. Em uma semana, dez pessoas foram assassinadas. Segundo a polícia, os crimes têm relação com a disputa pelo domínio do tráfico de drogas na região. “Diante deste quadro, se conclui que os homicídios ocorridos em São José não ocorreram por acaso, nem foi sina ou fatalidade. A situação resulta do descaso do governo com a segurança. Descaso muito bem simbolizado pelas ruínas da delegacia. Como pode se combater tráfico de drogas e a criminalidade que ele gera se nem mesmo uma delegacia existe? Como cobrar resultado de policiais que trabalham no limite e sem a estrutura básica?”, questionou o deputado. O Jornal do Commercio apurou que o imóvel vai passar por avaliação nesta terça-feira (20) para que seja definido se o local vai continuar abrigando a delegacia ou se a mesma será instalada em um novo espaço.   Mesmo o município apresentando uma das maiores taxas de homicídios do Estado, sequer a delegacia funciona 24 horas por dia. Diante da situação precária da delegacia, a Polícia Civil de Pernambuco anunciou, às pressas, o envio de uma unidade móvel para dar apoio nas investigações. A unidade, que ficará no centro da cidade provisoriamente, conta com cartórios e espaço para abrigar as equipes da Divisão Especializada na Apuração de Homicídios (DEAH) deslocadas para apurar o caso. Assim como São José da Coroa Grande, outros 15 municípios - a maioria no Interior - vivem a escalada da violência provocada pelo tráfico.   LEIA TAMBÉM Governo do Estado deve comprar armas estrangeiras para combater violência Só 32% das investigações de homicídios em Pernambuco foram concluídas em 2017

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