Marcellus Ugiette: 'Serei inocentado dessas graves acusações'

Publicado em 07/08/2018 às 6:45 | Atualizado em 23/08/2018 às 10:43
O promotor Marcellus Ugiette é suspeito de corrupção passiva. Foto: TV Jornal/Reprodução
FOTO: O promotor Marcellus Ugiette é suspeito de corrupção passiva. Foto: TV Jornal/Reprodução
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O promotor Marcellus Ugiette foi afastado das funções até o final das investigações. Foto: TV Jornal/Reprodução O promotor de Execuções Penais Marcellus Ugiette negou as acusações de que teria praticado corrupção passiva, favorecendo presos em troca de dinheiro. Em nota oficial enviada ao Ronda JC, ele afirmou que, ao final das investigações, será inocentado das denúncias. Também disse se colocar à disposição da Justiça para uma possível quebra do sigilo bancário e fiscal. "Tenho certeza ainda que o MP saberá conduzir as investigações com a maior transparência possível e nada tenho a temer, muito pelo contrário. Quero ir até o fim para mostrar que nada tenho a ver com as ilações apresentadas. Estou certo que ao final de tudo serei inocentado dessas graves acusações que, desde agora, repilo de forma veemente pois como promotor público não posso deixar de acreditar na justiça", afirmou Ugiette. De acordo com investigações da Polícia Civil de Pernambuco, o promotor teria obtido vantagens financeiras e recebido até presentes para beneficiar presos. Como tem foro privilegiado, o promotor passou a ser investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Na sexta-feira passada, a residência e o gabinete dele foram alvos de busca e apreensão. Celulares, pen drive e computador foram encaminhados para perícia. Nesse mesmo dia, a polícia desarticulou uma quadrilha suspeita de crimes como estelionato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capital, advocacia administrativa e furto qualificado. Dois advogados também foram presos. Parte do grupo já cumpria pena, e, segundo as investigações, o promotor Marcellus Ugiette teria se articulado para que os integrantes fossem transferidos para o mesmo presídio. "Encontramos elementos suficientes de que poderia haver a corrupção passiva. Ele (promotor) passou a colaborar com os pedidos dos advogados da organização criminosa. Ele passou a auxiliar os pedidos de transferências para que os elementos permanecessem juntos (nos presídios). Há indícios de que ele obtinha vantagens financeiras, inclusive com recebimento de presentes", afirmou o coordenador do Gaeco, o procurador Ricardo Lapenda. Além de processo criminal, o promotor também responderá administrativamente. Ele foi afastado por 60 dias das funções e esse prazo poderá ser prorrogado até que as investigações sejam encerradas. Leia nota oficial do promotor Marcellus Ugiette sobre as investigações: "Foi com a mais absoluta perplexidade que recebi a informação de que estou sendo investigado por suposto envolvimento na transferência de presos e recebimentos de "presentes". Mais surpresa ainda quando, ainda na sexta-feira, notícias da busca e apreensão que sofri em minha residência já estavam circulando em Portugal sem o meu prévio conhecimento numa ação feita por aqueles que querem manchar meu nome certamente por terem algum interesse contrariado. Tenho o maior apreço pela instituição do MP onde atuo desde 1987 sempre dos padrões de ética, respeito aos direitos humanos, e a legalidade que sempre permeou a vida pública. Estou totalmente a disposição da Corregedoria do MP e coloco meu sigilo bancário e fiscal a disposição da justiça. Agradeço as centenas de mensagens e manifestações de carinho que tenho recebido de todos através de mensagens, telefonemas, e depoimento nas redes sociais. Tenho certeza ainda que o MP saberá conduzir as investigações com a maior transparência possível e nada tenho a temer, muito pelo contrário. Quero ir até o fim para mostrar que nada tenho a ver com as ilações apresentadas. Estou certo que ao final de tudo serei inocentado dessas graves acusações que, desde agora, repilo de forma veemente pois como promotor público não posso deixar de acreditar na justiça."
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