Violência no Grande Recife continua alta. Em outubro, houve recorde de baleados neste ano. Foto: JC Imagem/Arquivo A violência continua desafiando a polícia. Levantamento da plataforma Fogo Cruzado, que diariamente contabiliza os disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Recife, apontou que o mês de outubro registrou um recorde no número de pessoas baleadas neste ano. No total, 153 vítimas foram atingidas por tiros - 108 delas morreram. Ao todo, de janeiro a outubro deste ano, houve 1.104 tiroteios/disparos de arma de fogo. Já são 1.196 pessoas baleadas. Destas, 822 mortas e 374 feridas. Ao menos onze pessoas foram baleadas e mortas dentro de casa em outubro, segundo o Fogo Cruzado. Entre os casos está o da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva, de 35 anos. Ela amamentava o filho de cinco meses, quando teve a residência invadida por homens armados. O crime foi no último dia 23, no bairro de Maranguape II, em Paulista. Em outubro, 12 pessoas foram baleadas dentro de bares no Grande Recife. Destas, três morreram. Dois motoristas de aplicativo e um vendedor ambulante também foram mortos a tiros neste período. O balanço oficial da Secretaria de Defesa Social (SDS) com os números de homicídios em outubro só deve ser divulgado no próximo dia 15. VIOLÊNCIA NOS MUNICÍPIOS Em outubro, Recife liderou, mais uma vez, o ranking de municípios com mais tiros. Foram 44 registros de tiroteios/disparos de arma de fogo. Em seguida, Jaboatão dos Guararapes (22), Cabo de Santo Agostinho (15), Camaragibe (9) e Olinda (9). O Ibura liderou o ranking de bairros com o maior número de tiroteios/disparos de arma de fogo este mês, com 5 registros. Em seguida, Ilha Joana Bezerra, empatada com Ponte dos Carvalhos, com 4 registros cada. Jardim Jordão (3) e Candeias (3) completam o ranking dos bairros com mais registros. PERFIL DAS VÍTIMAS Do total de mortos, 96,30% eram homens (104) e 3,70% eram mulheres (4). Do total de feridos à bala, 80% eram homens (36) e 20% mulheres (9). LEIA TAMBÉM MPPE cobra metas para agilizar investigações de crimes em Pernambuco Sociedade, mais uma vez, não é ouvida em Pernambuco