Segurança

Após 13 anos, delegacia de combate ao racismo não foi criada em Pernambuco

Promessa feita Pacto pela Vida, em 2007, nunca saiu do papel. DP iria investigar todos os crimes relacionados ao preconceito

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 02/06/2020 às 8:22 | Atualizado em 02/06/2020 às 10:16
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
Marcha da Consciência Negra contra o racismo, o genocídio e pelo direito de viver nas ruas do Recife - FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem

Criado há 13 anos, o programa de segurança pública Pacto pela Vida previa a criação de uma delegacia para combater o racismo em Pernambuco. Mas, até hoje, a promessa da unidade especializada não saiu do papel. E nem há mais expectativa para isso. 

Nesta semana, a luta pelo combate ao racismo voltou a ser destaque mundial, após um segurança negro de 46 anos ser rendido e morto por um policial nos Estados Unidos. Olhando para o cenário local, as vítimas negras e pardas representam 95% dos homicídios registrados em Pernambuco, segundo estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS). 

Nas diretrizes do Pacto pela Vida, a Delegacia Antidiscriminação, como foi denominada, teria por finalidade a "prevenção e repressão à discriminação ou preconceito social, de raça, cor, crença religiosa, idade, deficiência, convicção filosófica ou política, ideologia, sexo ou opção sexual, etnia ou procedência nacional ou regional". A delegacia deveria ter sido implementada ainda em 2007.

Fica registrada a cobrança. E a coluna Ronda JC faz um apelo ao Governo do Estado para que coloque o assunto em pauta e, em um breve espaço de tempo, possa inaugurar uma delegacia para combater os crimes raciais. 

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