INVESTIGAÇÃO

Sem solução, Caso Beatriz perde reforço de força-tarefa do Ministério Público

Assassinato da criança numa escola particular em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, continua sem solução há mais de cinco anos

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Raphael Guerra

Publicado em 19/05/2021 às 6:30
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Há mais de cinco anos, o assassinato de Beatriz Angélica Mota, 7, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, permanece impune e sem qualquer esclarecimento quanto à autoria e motivação. E o crime, a cada dia, parece mais distante de ser solucionado. Em meio às dificuldades do desfecho, a força-tarefa formada por promotores de Justiça - criada em junho de 2016 para ajudar no caso - já não existe mais. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) confirmou à coluna Ronda JC que apenas um promotor está acompanhando as investigações. 

Beatriz foi morta a facadas durante uma festa de formatura no colégio onde estudava, em 10 de dezembro de 2015. Apesar de o local estar bem movimentado, ninguém teria visto o momento do crime. E câmeras de segurança da instituição também não teriam flagrado o momento em que ela foi vítima de dezenas de facadas pelo corpo.

Quatro delegados já presidiram o inquérito, mas não conseguiram desvendar o mistério que cerca o crime. Desde março de 2020, os delegados Isabella Cabral Fonseca Pessoa e João Leonardo Freire - com colaboração de outros dois - investigam o caso. 

"O referido inquérito policial está sob segredo de Justiça e ainda se encontra em aberto. O caso vem sendo acompanhado atualmente pelo 7 º Promotor de Justiça Criminal de Petrolina, Érico de Oliveira Santos, que aguarda, ainda, o resultado da conclusão da investigação", informa nota do MPPE.

Já a Polícia Civil, que também se pronunciou por nota, diz que constituiu uma força-tarefa de delegados. "No último mês de abril, três integrantes da Força-tarefa estiveram reunidos com a mãe e o pai da vítima. O trâmite do Inquérito Policial segue sob segredo de justiça, razão pela qual não está autorizada a divulgação do trabalho que vem sendo executado."

Nos últimos anos, os pais de Beatriz pediram insistentemente para que a Polícia Federal assumisse as investigações, o que não ocorreu. Já nos últimos meses, clamam para que a Secretaria de Defesa Social (SDS) autorize a cooperação de uma instituição norte-americana no caso - a Criminal Investigations Training Group. Mas até agora não houve resposta. 

SUSPEITO?

Em 2017, a Polícia Civil chegou a divulgar a imagem de um suspeito que possivelmente entrou no colégio durante a festa. Uma câmera flagrou o rapaz do lado de fora, mas nenhuma imagem do lado de dentro teria registrado a dinâmica do crime. A imagem do suspeito, vale destacar, era pouco nítida. Apesar da divulgação, a Polícia Civil ainda não teria descoberto a identidade do homem para esclarecer o crime.

Testemunhas contaram à polícia, na época, que o suspeito teria sido visto tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz. Mas ninguém, até então, havia desconfiado de nada.

 

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