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Coronavírus: casos graves em crianças e adolescentes colocam PE entre os três Estados com mais registros nesta faixa etária

Pernambuco só fica atrás do Rio de Janeiro e de São Paulo em número de crianças e adolescentes que apresentam caso grave de covid-19

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 30/05/2020 às 0:14 | Atualizado em 30/05/2020 às 0:18
JUAN MABROMATA/AFP
Uma doença denominada "Púrpura Trombótica Trombocitopênica" (PPT) foi a causa do óbito - FOTO: JUAN MABROMATA/AFP

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (29), mostra que Pernambuco é a terceira unidade federativa que mais registrou casos graves de covid-19 em crianças e adolescentes (zero a 18 anos). No Estado, segundo o órgão federal, são 99 confirmações da doença por síndrome respiratória aguda grave (srag) nessa faixa etária. Em segundo, vem o Rio de Janeiro (105). O que mais reúne casos graves do novo coronavírus em crianças é São Paulo (373). Os números consideram as atualizações no sistema até o último dia 24.

A compilação dos dados, no boletim de Pernambuco, é diferente (considera de zero a 19 anos) e inclui números mais recentes, até a sexta-feira (29). Até os 9 anos, já são 198 crianças, segundo o balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que apresentaram casos graves de covid-19. Outros 114 quadros desse tipo foram dos 10 aos 19 anos.

Ao incluir a faixa etária infantojuvenil, Pernambuco totaliza 23 óbitos decorrentes de complicações da infecção pelo novo coronavírus. Desse total, 15 mortes foram de crianças até 9 anos. Pelo menos, três delas eram recém-nascidas, incluindo um caso confirmado ontem no boletim da SES. Foi um menino com apenas três dias de vida, que foi a óbito na segunda-feira (25). Nasceu prematuro, e a mãe, moradora do bairro da Cohab, Zona Sul do Recife, também testou positivo e permanece internada em unidade de terapia intensiva, segundo informou a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau).

A mulher, de 33 anos, tem hipertensão. Começou a apresentar febre, falta de ar e pressão alta no dia 13, quando estava entre o 6º e o 7º mês de gestação. Cinco dias depois, de acordo com a Sesau, procurou o serviço de saúde, de onde foi transferida para uma UTI . No dia 21 de maio, foi submetida à cesariana e apresentou parada cardiorrespiratória, que foi revertida. “O recém-nascido evoluiu com pneumotórax (colapso pulmonar), necessitou de drenagem torácica e foi para a UTI, onde evoluiu para óbito”, diz a Sesau.

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