Alzheimer: um caso a cada três segundos

Publicado em 20/09/2020 às 2:00
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Dia do Idoso é comemorado neste domingo (27) - FOTO: FREEPIK/BANCO IMAGENS
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Com o crescente envelhecimento populacional, os casos de Alzheimer se tornaram mais frequentes. No Brasil, estima-se que 1,2 milhão de pessoas tenham a doença, cujo dia mundial de conscientização é lembrado amanhã. "É uma data importante para falar sobre o assunto. Com certeza, temos muito mais casos desse tipo de demência, pois há subnotificação", destaca a médica geriatra Carla Núbia Borges, que é diretora científica nacional da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Ainda sobre os números, ela chama a atenção para um dado que revela o quanto os governos devem dedicar esforços para lidar com esse problema e criar políticas públicas. "A cada três segundos, é dado o diagnóstico de Alzheimer no mundo. A doença gera alterações em várias áreas cerebrais, na funcionalidade (afeta a realização de atividades do dia a dia) e a cognição (compromete atenção, memória, raciocínio, imaginação e linguagem). Além disso, tem impacto social, financeiro e primordial na família. Por isso, é preciso entender, aprender a cuidar e prevenir", salienta Carla Núbia. Precisamos, cada vez mais, falarmos sobre o tema, com o objetivo de derrubar mitos e estigmas. No mundo, estima-se que 50 milhões de pessoas tenham algum tipo de demência - e 70% desses casos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estão relacionados à doença de Alzheimer. É fundamental reforçarmos que a enfermidade não está restrita a falhas de memória, como muita gente imagina. O comprometimento das lembranças, especialmente para fatos recentes, é o sinal mais evidente. No entanto, ao longo da evolução da enfermidade, outros sintomas também despontam, como prejuízo da linguagem e dificuldade para realizar as tarefas do dia a dia, mesmo as mais simples. Isso mostra o quanto as manifestações são amplas e, entre elas, não podemos deixar de falar também sobre os distúrbios de comportamento, que abalam não apenas os pacientes, mas também os cuidadores, os amigos mais próximos e a família. Dessa maneira, é extremamente necessário os governos criarem oportunidades para que os cuidadores familiares e profissionais conheçam a doença para compreender o paciente e, consequentemente, atuar de forma segura e eficaz ao lado do paciente. Se analisarmos ainda as previsões globais, percebemos que é urgente o desenvolvimento de programas voltados para o enfrentamento da doença. Há uma estimativa de um total de 82 milhões de pessoas com demência em 2030 e de 152 milhões em 2050, além de um ônus econômico global da doença na ordem de US$ 1 trilhão neste ano. Tudo isso nos leva a fortalecer um chamado valioso: quando o assunto é Alzheimer, não há tempo a perder. Vamos, então, unir forças pelas mesmas causa e missão. Em Pernambuco, o apoio é fornecido pela Abraz/PE: 98802-0263 (WhatsApp) e @abrazpernambuco (Instagram).

 

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