Uma análise feita pelo JC dos recentes dados da covid-19 em Pernambuco, divulgados nesta quarta-feira (23) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), mostra que os números de casos pela doença se mantêm estáveis ou em queda no Estado há 18 dias. Assim, a última vez que o dado esteve em alta foi no dia 5 de setembro, quando a média móvel — média dos últimos sete dias, considerada como o melhor meio de medir o avanço da enfermidade em um local — registrou 26% de alta nos casos. Constatação é feita um dia após a reportagem revelar que Pernambuco não teve alta de infectados mesmo duas semanas após o registro de grandes aglomerações no 7 de setembro.
A média móvel é uma análise que soma os números de casos de um dia com os dos seis dias anteriores, dividindo o resultado por sete. O resultado reúne a influência de todos os dias da semana e pode ser atualizado diariamente. É uma forma de fazer um retrato da semana para diluir o represamento de notificações de covid-19 que geralmente ocorre nos fins de semana. Só é considerada que a média móvel esteve em queda ou em alta quando esta variável passa de 15%, seja o percentual negativo ou positivo. Caso não atinja, é tida como estável: foi o que aconteceu nos dias 6, 7, 8, 21, 22 e 23 de setembro. Todos os outros dias do mês, até esta quarta, entretanto, constaram queda.
Já em relação às mortes, as médias estão em alta ou estáveis desde o dia 9 de setembro, quando o percentual foi de -39%. Contudo, importante fazer a ressalva de que em 3 de setembro, o Estado retirou 229 casos graves e 65 mortes por covid-19 da contabilização total, o que altera as médias móveis anteriores para baixo e consequentemente implica na tendência de alta agora, que, ainda assim, é menor do que no pico da pandemia, quando a média móvel de mortes chegou perto de 100.
Médias móveis do dia 23 de setembro
Quando são comparados os dados desta quarta-feira, que registrou 677 novos casos e mais 30 mortes, com os últimos 14 dias, o cálculo da média móvel mostra que Pernambuco apresenta estabilidade em ambas as taxas, com percentuais de 4% nos casos e -12% nos óbitos.
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