O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa abriu, nesta quinta-feira (1º), as portas para a população e se torna o primeiro da rede pública do Nordeste a oferecer cuidados a pessoas a partir dos 60 anos. Segundo erguido pela atual gestão municipal (o outro foi o Hospital da Mulher do Recife), fica localizado na Avenida Recife, na Estância, Zona Oeste da cidade. A unidade, de 72 leitos (sendo 10 de terapia intensiva), tem capacidade para fazer 8 mil consultas, 30 mil exames e 500 cirurgias por mês.
Por enquanto, o Hospital do Idoso (como é popularmente chamado) funciona apenas com a realização de consultas ambulatoriais, das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira. Os demais serviços serão liberados de acordo com um cronograma gradual de abertura. As internações funcionarão 24 horas, de domingo a domingo, quando começarem a ser feitas. Os pacientes atendidos no hospital serão encaminhados por meio do Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde do Recife, através das unidades de saúde da família, centros de saúde, policlínicas e outras unidades municipais. Diante do cenário de pandemia de covid-19, a unidade hospitalar passará pelo processo de sanitização todas as noites.
"O Recife tem cerca de 200 mil pessoas idosas que aqui vão poder fazer consultas, exames, cirurgias, receber um tratamento com dignidade e com respeito", disse, durante solenidade de entrega do hospital, o prefeito Geraldo Julio. A unidade, com mais de 8 mil metros quadrados de área construída, conta ainda com centro diagnóstico e ambulatório com 13 consultórios, onde acontecerão consultas médicas e outras das áreas de psicologia, enfermagem e farmacêuticas. Há também quatro salas de cirurgia, leitos para recuperação pós-anestésica, salas de curativo e de exames laboratoriais, além de laboratório, farmácia e praça de alimentação.
De acordo com o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, boa parte dos equipamentos que hoje estão na unidade veio dos hospitais de campanha montados para o enfrentamento da covid-19 e que já foram desativados, devido à queda no número de casos e óbitos pela doença na cidade. Respiradores, monitores de sinais vitais, aparelho de raio-X, cardioversores para reanimação cardíaca, eletrocardiógrafo, aspirador cirúrgico, oxímetro e camas são alguns dos itens que saíram dos leitos dos serviços provisórios (já desmontados) e foram para o Hospital do Idoso.
"Nós esperamos desse hospital uma grande qualidade no atendimento, aliando modernidade, tecnologia, diversas especialidades médicas, sem esquecer o cuidado e a humanização do atendimento, que já são marcas do Hospital da Mulher do Recife e que aqui vão ganhar uma nova roupagem nesse hospital. Mais de 30 mil exames serão realizados, ajudando toda a população das pessoas idosas da cidade a receberem um atendimento com a qualidade e com o carinho que merecem", destacou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. Para oferecer assistência aos pacientes, o serviço contará com cerca de 500 profissionais. Entre eles, 70 médicos e mais de 100 outros profissionais de nível superior, como enfermeiros e assistentes sociais, além de mais de 300 profissionais de nível médio e técnico. Todos são contratados pela Fundação Professor Martiniano Fernandes - organização social responsável por gerir a unidade.
Os exames realizados, no Hospital do Idoso, serão os de imagem (raio-X, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética), endoscopia e colonoscopia, exames do coração (holter, ecocardiograma e eletrocardiograma), exames neurológicos (eletroneuromiografia e eletroencefalograma), punção e biópsia. Ainda na unidade funcionará uma base descentralizada do Samu Metropolitano do Recife. É o 12º ponto de apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência na capital, que contará com uma ambulância básica, composta por um condutor-socorrista e um técnico em enfermagem.
O secretário Estadual de Saúde, André Longo, destacou a importância da abertura do hospital durante o momento de combate à pandemia do novo coronavírus. "Estamos em um ano muito difícil para a Saúde Pública, e temos a dádiva de poder estar aqui. Esse tem sido um ano de muita luta, o mais difícil do século, e ter a oportunidade de entregar mais uma obra para o Sistema Único de Saúde é realmente uma felicidade grande", disse o secretário.
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