IMUNIZAÇÃO

Covid-19: área técnica da Anvisa recomenda aprovação da vacina Coronavac

A diretoria colegiada do órgão se reúne neste domingo (17) para avaliar o uso emergencial do imunizante

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Estadão Conteúdo

Publicado em 17/01/2021 às 12:08 | Atualizado em 17/01/2021 às 12:43
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A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, durante reunião da diretoria colegiada neste domingo (17), a aprovação vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Segundo o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, a eficácia da Coronavac é de 50,39%.

Significa que, de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,39% não vão manifestar a doença graças à imunidade conferida pela vacina, pelas contas da agência. O cálculo da eficácia geral leva em conta a análise de todos os casos de covid-19 registrados entre os voluntários dos testes clínicos.

"A recomendação, como área técnica, é que, tendo em vista o cenário da pandemia, aumento do número de casos e ausência de alternativas terapêuticas, a gerência recomenda a aprovação do uso emergencial da Coronavac, com acompanhamento das incertezas que ainda temos e reavaliação periódica", disse Mendes.

Além disso, os dados não permitem conclusões sobre "desfechos secundários" da vacina, como a proteção de casos leves (que exigem ida ao médico) e graves e moderados (que podem levar à internação).

A eficácia geral da vacina é de 50,39%, segundo a Anvisa. O Butantã ainda aponta redução de 78% de casos leves, mas a agência afirma que não há dados para essa alegação.

Durante as conclusões, Gustavo Mendes reforçou que a área técnica recomenda o uso emergencial do imunizante, mas com a condição de monitoramento e reavaliação periódica. 

A Anvisa informou, ainda, que uma maior eficácia da vacina Coronavac foi apresentada quando foi associada a maiores intervalos entre as doses, isto é, com 8 a 12 semanas de intervalos. 

Acompanhe a reunião 

Reunião para decidir uso emergencial

Além da vacina chinesa Coronavac, a Anvisa também irá discutir o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e a empresa Astrazeneca. A reunião teve início às 10h deste domingo (17) e deve ter duração de até cinco horas. 

Protesto pró-vacina

Um grupo de 15 pessoas liderado pelo movimento Povo Sem Medo, do MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, se reuniu nesta manhã em frente à sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) num protesto pró-vacina contra a covid-19 e o presidente Jair Bolsonaro.

Um boneco gigante inflável com a imagem de Bolsonaro, com as mãos sangrando, foi colocado em frente à sede da agência, que está reunida neste momento para decidir se permite ou não o uso emergencial da Coronavac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

Na noite de sábado (16), a sede da Anvisa também foi alvo de outro protesto pela liberação da vacina e contra Bolsonaro. Um grupo projetou nas paredes do prédio da agência imagens com o dizer "Vacina já" e fotos do presidente com os dizeres "Genocida" e "Fora Capeta".

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