Saúde
Anvisa esclarece divergência com OMS sobre Remdesivir, remédio aprovado no Brasil para tratamento da covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu liberar o antiviral rendesivir para tratamento da covid-19
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Agência Brasil
Publicado em 12/03/2021 às 14:20
| Atualizado em 12/03/2021 às 19:29
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu nesta quita-feira (11) porque decidiu liberar o antiviral Remdesivir para tratamento de covid-19, apesar de o medicamento não ser recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em novembro do ano passado, a mesma medicação, da biofarmacêutica americana Gilead Sciences, foi liberada para uso no tratamento do novo coronavírus pela Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa.
"O estudo da OMS avaliou mais a ocorrência de mortalidade e pacientes com perfil um pouco diferente dos avaliados nos outros estudos que consideramos para liberar o remédio. O estudo que consideramos válido focou na redução do tempo de hospitalização dos pacientes evimos que houve uma redução na hospitalização",ressaltoua gerente de avaliação de segurança e eficácia da Anvisa,Renata Soares, acrescentando que a situação de ocupação de leitos de UTI no país pesou na decisão.
Ainda segundo a Anvisa, o antiviral está liberado, exclusivamente, para uso hospitalar e é recomendado para internados com pneumonia, com suplementação de oxigênio, e não se restringe à forma leve, moderada ou grave, desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica ou por membrana extracorpórea.
O medicamento deve ser administrado de maneira venosa em pacientes com idade superior ou igual a 12 anos, que tenham, no mínimo, 40 quilos. O tratamento é feito em, no mínimo, 5 dias, com tempo máximo de 10 dias.
"É importante ressaltar que esse é o primeiro medicamente com indicação, em bula, para covid-19, fruto de análise de eficácia e qualidade", destacou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.