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Caruaru suspende aplicação de segunda dose de vacina contra covid-19 por falta de CoronaVac

Município orienta que quem teve a 2ª dose agendada entre os dias 1º a 15 de maio deve aguardar a convocação para tomar essa nova aplicação

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Cinthya Leite

Publicado em 27/04/2021 às 16:02 | Atualizado em 27/04/2021 às 21:18
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Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a Secretaria Municipal de Saúde informa que seguirá vacinando contra a covid-19 os grupos prioritários no município, garantindo a primeira dose com a vacina AstraZeneca. No entanto, por não receber o total de doses esperado devido a problema na distribuição da vacina da CoronaVac pelo Governo Federal, Caruaru segue a recomendação de suspender a aplicação da segunda dose até a data em que uma nova remessa de CoronaVac for entregue. 

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A secretaria reforça que as pessoas que tomaram a primeira dose de CoronaVac, entre os dias 3 e 17 de abril e teve a segunda agendada para o período de 1º a 15 de maio, devem aguardar a convocação para receber a segunda aplicação do imunizante. 

A medida foi tomada após pactuação com o Governo de Pernambuco, em reunião realizada na segunda (26), devido ao atraso no envio das novas doses da CoronaVac pelo Ministério da Saúde.

Já quem já tomou a primeira dose da AstraZeneca pode procurar o Centro de Vacinação de Caruaru na data agendada no cartão para receber a segunda aplicação, sempre das 7h às 19h.

O município, desde o início da campanha de imunização contra a doença, recebeu 71.082 doses de vacinas contra covid-19 e fez 53.879 aplicações.   

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De 17 de março, quando os municípios foram orientados a usar todas as doses de vacinas na primeira aplicação, até hoje, Pernambuco recebeu 1,066 milhão de doses da CoronVac. Desse total, 596 mil foram destinadas para a primeira dose e apenas 470 mil para a segunda. Há, portanto, um déficit de mais de 126 mil doses da vacina CoronaVac para completar a imunização dos pernambucanos. Na última remessa enviada, em 24 de abril, havia a expectativa de recebimento de pelos menos esse quantitativo. Mas houve apenas a entrega de 28,4 mil unidades do imunizante produzido pelo Instituto Butantan. Sem o total esperado, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, manifestou inquietação. "Este é um fato que nos preocupa, e já solicitamos esclarecimentos ao Ministério da Saúde", frisou.

"É importante reforçar que o indivíduo que recebeu a primeira dose não perderá essa dose. A medida que cheguem mais vacinas, será finalizado o esquema, sem perda de eficácia do imunizante", frisou a superintendente de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.

Com o problema na distribuição da vacina da CoronaVac pelo Governo Federal, também ficou decidido que, nas entregas futuras, Pernambuco dividirá os imunizantes para ambas as doses. É importante lembrar que, nas primeiras remessas, o Ministério da Saúde orientava dividir as vacinas desse fabricante, guardando aquelas destinadas às segunda doses, já que a segunda aplicação deve ser feita em um intervalo de 21 e 28 dias após a primeira. Já os quantitativos enviados entre os dias 17 e 25 de março, também por recomendação do próprio órgão federal, foram exclusivos para uso como primeira dose. Na ocasião, o ministério assegurou o repasse das segundas doses em tempo oportuno para garantir a correta imunização da população, o que não tem ocorrido nos últimos dias.

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