COLUNA JC SAÚDE E BEM-ESTAR

São Luís já vacina pessoas com 30 anos, enquanto Recife ainda está em 50. O que explica a diferença?

"Estamos ampliando à medida que novas doses chegam. Então, por enquanto, não temos previsão de avançar", diz assessoria de comunicação do Recife

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Cinthya Leite

Publicado em 05/06/2021 às 17:05 | Atualizado em 05/06/2021 às 18:17
Análise
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Neste sábado (5), a cidade de São Luís, no Maranhão, liberou o cadastro para a vacinação contra covid-19 para as pessoas a partir de 30 anos. No Twitter, o prefeito Eduardo Braide informou que o calendário para esse público será divulgado na próxima semana. Desde que o Maranhão detectou, em maio, caso da doença provocado pela variante delta (originária na Índia), a capital tem recebido doses extras de vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde. Com essas vacinas a mais, a expectativa é que a cidade alcance, ao todo, 439.542 mil imunizados com ao menos uma dose aplicada. O número corresponde a 39% da população estimada da capital, que é de 1.108.975, de acordo com a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Recife, ainda não há previsão para baixar a atual faixa etária que pode ser beneficiada com a imunização contra a covid-19. Procurada pela reportagem deste JC, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que o Recife continua a imunizar as pessoas a partir dos 50 anos. "Estamos ampliando à medida que novas doses chegam. Então, por enquanto, não temos previsão de avançar", diz a assessoria. 

Em coletiva de imprensa no último dia 2, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, ressaltou que o Estado tem trabalhado ampliar as faixas etárias contempladas com a imunização contra a doença. "Queremos vacinar todos no menor tempo possível. É fundamental que todos que tenham direito agora (de receber a dose) possa exercê-lo", disse.

Questionado sobre previsões para abrir a imunização para faixas etárias mais jovens, o secretário explicou que o avanço por idade depende do cumprimento do caledário de envio de novas doses pelo Ministério da Saúde. "Vai ser mantido o cronograma de entrega de vacinas? Esse é o grande desafio. A gente tem tido, todos os meses, uma quebra na expectativa de entrega das vacinas. Então, temos a dificuldade de fazer previsibilidade, com tanta convicção, porque precisamos que se cumpra o calendário de entregas", destacou. O secretário ainda destacou que o Estado também precisa, caso seja confirmada a presença de nova variante, de mais vacinas, assim como foram disponibilizadas para o Maranhão, que recebeu 300 mil doses extras contra a covid-19.

Ainda sobre o assunto, André Longo ressaltou que, em Pernambuco, o governo prefere não gerar falsa expectativa, com uma data finalística para encerrar a imunização de todos os adultos. "Se todas as entregas fossem garantidas, é bem possível que nós conseguíssemos vacinar todas as pessoas a partir de 18 anos até 31 de outubro", informou o secretário, ao responder um questionamento que mencionou o Estado de São Paulo garantindo vacinação de toda a população até 31 de outubro. "Não vamos fazer, neste momento, nenhuma previsão mais elástica sem haver uma combinação com os municípios pernambucanos, que estão no esforço grande de combate à pandemia", finalizou. 

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