Vacinação

Covid-19: Vacina russa Sputnik V deve chegar nos próximos 15 dias por Pernambuco

Anúncio foi feito pelo governo na coletiva desta terça-feira, que contou com a presença do secretário estadual de Saúde, André Longo e da secretária executiva de Desenvolvimento econômico, Ana Paula Vilaça

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Margarida Azevedo

Publicado em 06/07/2021 às 17:45 | Atualizado em 06/07/2021 às 20:33
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A vacina russa Sputnik V deve chegar ao Brasil ainda este mês. Segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, a previsão é que os primeiros lotes da vacina estejam no País nos próximos 15 dias. A carga de imunizante chegará, inclusive, pelo Recife, no Aeroporto Internacional dos Guararapes.

"Vou participar ainda nesta terça-feira (06) de uma reunião do Consórcio Nordeste para definição dos preparativos para essa importação. O processo tem avançado em vários grupos de trabalho na Anvisa e no Fundo Soberano Russo para atender as condicionantes que foram impostas na reunião colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", explicou André Longo durante coletiva online de imprensa na tarde desta terça-feira (6).

Seis Estados do Nordeste vão receber a Sputink V. A Anvisa autorizou a importação excepcional e temporária correspondente a doses para vacinação de 1% da população de cada um dos Estados que receberá o imunizante. Para Pernambuco serão 192 mil doses, unidade da federação com segunda maior quantidade a receber essa vacina.

Para a Bahia serão 300 mil doses. O Maranhão terá 141 mil doses, enquanto Sergipe ficará com 46 mil doses. Para o Ceará serão enviadas 183 mil doses e para o Piauí, 66 mil doses.

"Nossa expectativa é que a vacina esteja disponível nos próximos 15 dias. Deve entrar no Brasil por Pernambuco. O aeroporto de Recife deve ser o que vai receber a importação da Sputinik. Estamos ultimando os detalhes para viabilizar o processo de importação", explicou André Longo.

Além de André Longo, a coletiva contou com a secretária executiva de Desenvolvimento econômico, Ana Paula Vilaça. O momento foi transmitido ao vivo no canal do YouTube do Governo de Pernambuco.

OUTRAS VACINAS

Atualmente, quatro vacinas estão sendo distribuídas pelo Ministério da Saúde. Além da Astrazeneca, há a Sinovac/Butantan, a da Pfizer e da Janssen. A Sinovac tem um intervalo de 21 dias entre as duas doses. A da Astrazeneca e da Pfizer necessitam de um prazo de 90 dias da primeira para a segunda aplicação, enquanto a da Janssen é dose única.

Em Pernambuco, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o maior volume de vacinas distribuídas é o da Astrazeneca. Foram 2.867.420 doses entregues aos municípios até o último domingo (04). Depois vem a Sinovac, com 2.141.960 doses. Em seguida, Pfizer e Janssen, com 573.300 doses e 168.450 doses, respectivamente.

Também durante a coletiva desta terça-feira, André Longo informou que foi acordado com os prefeitos de Pernambuco que a segunda dose de Astrazeneca pode ser aplicada num intervalo menor, de 60 dias.

Decisão da Anvisa 

A vacina Sputnik V poderá ser importada em caráter excepcional pelo Brasil, em quantidades específicas, para fins de distribuição e uso em condições controladas determinadas pela Anvisa. A decisão foi tomada na última sexta-feira (4).

Na prática, uma parte do quantitativo de doses da vacina poderá ser importada no primeiro momento para ser utilizada dentro de um estudo de efetividade a ser seguido pelos estados requerentes. 

As principais condições para o uso da Sputnik preveem pontos como:

1) importação somente de vacinas das fábricas inspecionadas pela Anvisa na Rússia (Generium e Pharmstandard UfaVita); 

2) obrigação de análise lote a lote que comprove ausência de vírus replicantes e outras características de qualidade; 

3) notificação de eventos adversos graves em até 24 horas (veja a lista completa de exigências mais abaixo).  

As notificações de eventos adversos serão analisadas pelas áreas de Fiscalização e Monitoramento da Agência.  

Após o uso do quantitativo inicial, a Agência vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados.

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