Pacientes e profissionais de saúde do Hospital Português fazem ato simbólico para incentivar doação de órgãos e tecidos
A ação foi realizada, na tarde desta segunda-feira (27), na Praça dos Leões, do RHP
Na tarde desta segunda-feira (27), marcada pelo Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos, o Real Hospital Português (RHP), no bairro de Paissandu, área central do Recife, reuniu pacientes que passaram por transplantes para uma ação de agradecimento. Eles soltaram balões verde, com a palavra gratidão, ao lado da equipe assistencial do Programa de Transplantes do hospital e com da coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.
Com o gesto simbólico, os pacientes e os profissionais de saúde buscam incentivar outras pessoas a praticarem esse ato que amor, que permite aos pacientes recuperem a qualidade de vida e renascerem. A ação foi realiazada na Praça dos Leões, no RHP.
Pernambuco é o Estado do Norte e Nordeste com o maior número de transplantes de rim, medula óssea e coração realizados no primeiro semestre de 2021. É o que aponta balanço divulgado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Apenas nesses três tipos, foram 232 pessoas que ganharam qualidade de vida nos primeiros seis meses deste ano.
O levantamento ainda aponta que Pernambuco é o terceiro do País em transplantes de coração. Para esse órgão, houve um aumento de 100% nos procedimentos neste primeiro semestre, comparando com o mesmo período de 2020. "A pandemia de covid-19 impactou os transplantes de órgãos e tecidos em todo o país. Por isso, precisamos reaprender a fazer algumas etapas desse processo, como a adaptação das entrevistas familiares nesse novo contexto. Já estamos notando uma boa retomada, mas continuamos focados em capacitar as equipes e conscientizar a população sobre esse ato de solidariedade para que possamos salvar mais vidas", afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.
De acordo com o levantamento da ABTO, os dados de transplantes no primeiro semestre, analisando os procedimentos de todo o País, apontam que houve uma regressão até 2012 nas taxas de transplante de fígado e coração, 2011 de pulmão e até 2003 na taxa de transplante renal. "Pernambuco teve um aumento de 45,6% no número de transplantes de órgãos e tecidos neste primeiro semestre, comparativamente ao mesmo período de 2020. Mas podemos fazer mais. Para isso, queremos cada vez mais estimular o debate do tema na mídia, nas casas dos pernambucanos. Quando um ente querido informa em vida o desejo de doar, nós acreditamos que a decisão familiar pela autorização, apesar do momento de dor, será mais fácil. Reforço que todo o processo da doação até o transplante passa por um rigoroso protocolo que garante a segurança do doador, do transplantado e das equipes envolvidas", frisa Noemy.