Covid-19: governo Bolsonaro quer estimular vacinação e lança nova campanha com mudança de regras
Anúncio deverá ser feito nesta terça-feira (16), durante coletiva de imprensa do Ministério da Saúde
O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde, deverá anunciar nesta terça-feira (16) a campanha "Mega Vacinação". A iniciativa tem como objetivo mobilizar a população sobre a importância de completar o esquema vacinal contra a covid-19. Na ocasião, serão anunciadas as novas diretrizes para o intervalo da vacinação e para a aplicação da dose de reforço no Brasil, de acordo com comunicado da própria pasta.
O anúncio da campanha será feito durante coletiva de imprensa no auditório Emílio Ribas, sendo comandado pelo ministro Marcelo Queiroga. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) não estará presente no evento, já que cumpre agenda em Dubai, nos Emirados Árabes.
Ainda que no exterior, Bolsonaro ainda não se vacinou contra a covid-19. O presidente já chegou a argumentar que tem anticorpos contra a doença, porque já teve covid-19, o que tornaria a vacinação desnecessária. O que não é recomendado por especialistas, que alertam para a necessidade de vacinação mesmo daqueles que já tenham sido infectados.
Até o mês de outubro, o presidente vinha dizendo que seria "o último brasileiro a ser vacinado". Mas após reiterados questionamentos, afirmou que "no tocante à vacina, eu decidi não tomar mais".
Resultados
Até o último sábado (13), o Ministério da Saúde havia distribuído mais de 350 milhões de vacinas contra a covid-19 às unidades da Federação. Ao todo, mais de 294,2 milhões de doses já foram aplicadas. Até o momento, 88,5 % da população-alvo, composta por 177 milhões de pessoas, já foram imunizadas com ao menos uma dose de vacina. Isso significa que 156,7 milhões já iniciaram a imunização.
Outras 126,2 milhões de pessoas já completaram seus ciclos vacinais e tomaram as duas doses ou a dose única da vacina.
Os números da vacinação refletem na melhora significativa do cenário epidemiológico. Desde abril, pico da pandemia, a média móvel de mortes caiu quase 90%. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 267 óbitos por Covid-19. A média móvel de casos também registrou queda.
Ontem (14), o País registrou 63 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, alcançando um total de 611.318 vítimas da doença. A média móvel de óbitos, que tem o objetivo de eliminar distorções entre dias úteis e fim de semana, completou duas semanas abaixo de 300 e segue em 262, mesmo valor da véspera.
Dose de reforço
No Brasil, a dose de reforço está restrita, por enquanto, aos idosos com mais de 60 anos que receberam a segunda dose há mais de seis meses, profissionais de saúde e pessoas com algum tipo de deficiência imunológica.
As condições para a vacinação podem variar em cada estado. No caso de Pernambuco, além dos trabalhadores de saúde, todos abaixo dos 55 anos podem tomar a dose de reforço, com intervalo menor, de quatro meses após a segunda dose.