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Gripe H3N2: Pernambuco confirma mais duas mortes e 179 novos casos da doença

Com isso, desde o último dia 18, quando foram divulgados os primeiros casos no Estado, sobe para 222 o número de pessoas que tiveram diagnóstico positivo para gripe em Pernambuco

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Cinthya Leite

Publicado em 23/12/2021 às 14:10 | Atualizado em 27/12/2021 às 15:35
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Nesta quinta-feira (23), a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) confirma laboratorialmente mais 179 casos de gripe, sendo 174 para o subtipo A (H3N2) e 5 A não subtipada. Com isso, desde o último dia 18, quando foram divulgados os primeiros casos no Estado, sobe para 222 o número de pessoas que tiveram diagnóstico positivo para o vírus influenza em Pernambuco. Entre eles, 217 para influenza A (H3N2), sendo 1 pelo critério clínico-epidemiológico, e 5 não subtipada. As análises foram realizadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE).

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Dos 222 casos, 28 (12,6%) tiveram a forma mais severa da gripe, com apresentação do quadro de síndrome respiratória aguda grave (srag). Também estão confirmados três óbitos pela influenza A (H3N2). O primeiro, informado na última segunda-feira (20), foi de um homem de 46 anos, morador do Recife e que tinha doença renal crônica. Ele faleceu no último domingo (19). A segunda vítima foi uma mulher de 69 anos, residente no Recife, e que teve o início dos sintomas no dia 8 de dezembro (tosse e falta de ar). Ela, que tinha hipertensão e diabetes, estava internada desde o dia 17 na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Referência à Covid-19 - unidade Boa Viagem, Zona Sul da cidade, e faleceu na segunda-feira (20).

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Já o terceiro óbito foi de um homem de 24 anos, com sobrepeso e hipertensão. A SES informa que a família relatou que o paciente tinha histórico recorrente de busca por serviço de saúde por causa da pressão alterada. O início dos sintomas foi em 14 de dezembro (febre, tosse e falta de ar) e o óbito ocorreu no dia 16, no Hospital Municipal Carozita Brito, em Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, Grande Recife.

"Estes números só reforçam a circulação comunitária da influenza A (H3N2) em Pernambuco e a necessidade de reforço nos cuidados, especialmente com uso da máscara. Precisamos, neste momento, de uma atenção redobrada com as crianças, idosos e pessoas com comorbidades severas, que são grupos com maior risco para agravamento pela influenza", afirma a secretária-executiva de Vigilância em Saúde da SES-PE, Patrícia Ismael. "Neste Natal, vamos precisar de uma atenção e de um cuidado a mais de todos para que as vidas das pessoas que amamos não fiquem em risco. Todos devem fazer sua parte no cuidado e na prevenção para que possamos superar mais este momento. Se a maioria das pessoas usar a máscara, vamos evitar as contaminações, o estrangulamento da rede de saúde e vamos salvar vidas", reforça.

Analisando apenas as ocorrências para a influenza A (H3N2), 65,8% envolvem pessoas entre 20 e 49 anos, 53,4% são do sexo masculino e 46,6% do feminino. Os municípios de ocorrência da H3N2 são: Araripina (1), Cabo de Santo Agostinho (7), Camaragibe (2), Camocim de São Félix (1), Carpina (1), Caruaru (12), Catende (1), Igarassu (5), Ipojuca (3), Itambé (1), Itapissuma (10), Jaboatão dos Guararapes (18), Moreno (2), Olinda (19), Paulista (9), Recife (119), Vitória de Santo Antão (2), Ribeirão (1), Santa Terezinha (1), Serra Talhada (1) e Timbaúba (1).

As 5 ocorrências da influenza A não subtipada são da Ilha de Itamaracá (1), Recife (3) e São Lourenço da Mata (1).

Teleorientação

A SES ainda reforça que mantém ativo o Atende em Casa, que oferta orientações e, quando necessário, teleorientação por um profissional de saúde aos pacientes com sintomas gripais. O acesso ao sistema, uma parceria do Governo de Pernambuco com a Prefeitura do Recife, pode ser por aplicativo disponível em celular Android ou pelo www.atendeemcasa.pe.gov.br. Após digitar informações básicas, o sistema conduzirá a ocorrência de acordo com a gravidade de cada caso.

"Toda a população que estiver com sintomas gripais pode acessar o Atende em Casa. De acordo com o que for apresentado pelo paciente, ele pode ser teleorientado a ficar em casa, evitando as superlotações nas unidades, e, a partir daí, ser telemonitorado. Se for mais grave, vai ser orientado a já procurar o sistema de saúde. Isso vai fazer uma triagem importante", explica a secretária-executiva de Regulação em Saúde, Ricarda Samara.

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