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É difícil entender a ideia fixa e precipitada para abolir o uso de máscaras

Suspensão do uso da máscara é uma decisão muito precipitada neste momento

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 08/03/2022 às 16:34
LIONEL BONAVENTURE/AFP
Uso de máscara é importante para prevenção de doenças respiratórias - FOTO: LIONEL BONAVENTURE/AFP
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Depois que o município do Rio de Janeiro decidiu abolir, a partir desta terça-feira (8), o uso de máscaras em locais abertos e fechados, o governo do Rio Grande do Norte informou que suspenderá a obrigatoriedade de uso de máscaras em locais abertos a partir do próximo dia 16 de março. E o governo de São Paulo decidiu também, neste terça-feira (8), liberar o uso do acessório em ambientes abertos no Estado. No atual cenário de queda de indicadores da covid-19, outras cidades e Estados têm avaliado a possibilidade de desobrigar o uso do acessório, o que nos leva a fazer reflexões sobre essa pressa. Estamos num momento em que ainda há os bolsões de não vacinados contra covid-19, assim como os que ainda estão para receber a segunda dose e também aqueles que resistem a tomar a dose de reforço.  

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Sem essa equalização na cobertura vacinal, contemplando também a população pediátrica (entre crianças, a imunização permanece lenta), novas variantes poderão surgir. E não sabemos com que potencial de disseminação e preocupação elas podem despontar. Ou seja, permanece uma série de incertezas em relação a médio e longo prazo, o que inclui também a duração da imunidade protetiva contra o coronavírus - aquela alcançada graças à imunização. 

Portanto, neste momento, ao invés de se dedicarem para anunciar o fim da obrigatoriedade da máscara, gestores deveriam estar preocupados em identificar e buscar pessoas que precisam completar o esquema vacinal, como também tomar a terceira dose. Afinal, enquanto houver não vacinados, há risco aumentado de novos surtos de covid-19, com possibilidade de acometer pessoas com maior risco de agravamento pela infecção. Entre elas, aquelas que são idosas e imunocomprometidas. Por sinal, são essas pessoas também que têm motivos para usar máscaras enquanto houver pandemia. 

Ao longo de dois anos de pandemia, as máscaras se mostraram uma medida preventiva eficaz e que podem ser usadas até mesmo quando acabar a emergência sanitária, nos momentos em que tivermos sintomas gripais ou quando não nos sentirmos seguros. Por enquanto, o governo de Pernambuco continua com a incentivar a população em geral a usar máscara. É o que me garantiu o secretário Estadual de Saúde, André Longo: "Nossa posição continua a mesma! As máscaras estão mantidas em Pernambuco". Que assim permaneça. 

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