VARÍOLA DO MACACO: veja lista com 15 sintomas comuns em pacientes com a doença
Em Pernambuco, na rede pública estadual, os pacientes com suspeita de varíola do macaco podem realizar, em unidade de saúde, a coleta de material das lesões cutâneas
Em Pernambuco, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza 963 notificações de varíola dos macacos até a última quinta-feira (22).
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Entre as notificações em Pernambiuco, 118 casos de varíola dos macacos já estão confirmados.
Outros 53 casos são prováveis: classificação para os pacientes que se enquadram como suspeitos e, além da lesão cutânea, apresentam outros critérios, como exposição próxima e prolongada com caso provável ou confirmado de varíola dos macacos.
Além deles, há outros 481 casos suspeitos (pacientes apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva da doença).
O Cievs-PE ainda informa que foram descartados 296 casos, além de mais 10 casos registrados como perda de seguimento e outros 5 excluídos do banco de notificações.
VARÍOLA DO MACACO: SINAIS E SINTOMAS
Veja abaixo a proporção dos sinais e sintomas apresentados pelos 118 casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco até o momento:
- erupção cutânea: 18,7%
- cefaleia: 14,6%
- febre: 11,6%
- astenia/fraqueza: 9,2%
- adenomegalia (gânglios inchados): 7,8%
- dor muscular: 6,8%
- dor de garganta: 6,7%
- suor/calafrios: 5,5%
- dor nas costas: 5,5%
- artralgia: 3,5%
- náusea/vômito: 3,1%
- fotossensibilidade: 0,7%
- sinais hemorrágicos: 0,7%
- conjuntivite: 0,2%
- outros sintomas: 5,2%
Sobre a faixa etária dos 118 casos já confirmados de varíola dos macacos: 0 a 9 anos (8 casos), 10 a 19 anos (11 casos), 20 a 29 anos (37 casos), 30 a 39 anos (35 casos) e 40 a 49 anos (16 casos), 50 a 59 anos (4 casos) e 60 e mais (7 casos).
Ainda em relação aos casos com diagnóstico laboratorial positivo para varíola dos macacos, 90 (76,3%) são do sexo masculino e 28 (23,7%) do sexo feminino. Desses casos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar.
VARÍOLA DO MACACO: ATENDIMENTO EM PERNAMBUCO
Na rede pública estadual, os pacientes com suspeita de varíola do macaco podem ser acolhidos e realizar, na própria unidade de saúde, a coleta de material das lesões cutâneas. Veja onde:
- Nas 15 Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPAs), que já atuam como referência na rede de urgência e emergência
- Nas 12 Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), que disponibilizam consultas médicas ambulatoriais no Interior do Estado
- Em todos os hospitais regionais e as grandes emergências
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"Pernambuco iniciou o processamento de amostras pelo Lacen-PE (Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco), com o objetivo de ampliar a capacidade de resposta e reduzir o tempo de espera pelos resultados", diz o secretário Estadual de Saúde, André Longo.
Ele informa que, com essa descentralização e a análise das coletas feita no Estado, há condições de aumentar a quantidade do envio de amostras diretamente para o Lacen-PE.
"Por isso, realizamos a entrega dos kits de coleta (que contém swab e tubo seco) para todos os equipamentos da rede estadual, com capacidade de entrega também para a rede municipal. Sendo assim, os pacientes poderão ser atendidos, avaliados e, caso se enquadrem como casos suspeitos, já pode ser realizada a coleta do material das lesões de pele e enviadas diretamente para o Lacen-PE", acrescenta Longo.
Atualmente, todos os serviços de saúde devem realizar a notificação compulsória e imediata (em até 24 horas) dos casos suspeitos e/ou confirmados de varíola dos macacos.
Em caso suspeito da doença, as vigilâncias municipais devem realizar o rastreamento de contatos.
"Considerando o atual cenário epidemiológico da doença, em que já foi constatada a transmissão comunitária, nosso objetivo é proporcionar o acesso ao diagnóstico em todas as unidades que são porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir o suporte assistencial da monkeypox na rede estadual", diz a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Patrícia Ismael.
Ela frisa que a necessidade de os municípios participarem do enfrentamento à varíola dos macacos e criarem suas próprias estratégias para descentralizar a coleta de exames.
"Pelo fato de a maioria dos casos apresentar manifestação clínica leve e a doença evoluir geralmente de forma benigna, os pacientes são atendidos prioritariamente nos ambulatórios municipais, nos postos de saúde e nas policlínicas."
Ela salienta que a coleta seja realizada também na atenção primária - seja em locais específicos para isso ou mesmo por meio da vigilância epidemiológica de cada município.
"O importante é garantir, a qualquer pessoa que apresente os sintomas, a possibilidade de ser examinada pelo médico e o acesso à coleta do material para ser analisado pelo Lacen-PE", complementa Patrícia Ismael.