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VARÍOLA DO MACACO: Pernambuco confirma transmissão comunitária de monkeypox; já são mais de 500 registros da doença

Em Pernambuco, já são 42 casos confirmados da varíola dos macacos

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 01/09/2022 às 19:00 | Atualizado em 02/09/2022 às 18:37
ERNESTO BENAVIDES / AFP
MONKEYPOX Transmissão comunitária acontece quando não é mais possível identificar a origem da infecção - FOTO: ERNESTO BENAVIDES / AFP
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A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) confirma, nesta quinta-feira (1º), a transmissão comunitária da varíola dos macacos no Estado. 

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza, até o momento, 502 notificações, sendo 351 casos que ainda estão em investigação, 42 confirmados e 109 casos descartados. 

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"A transmissão comunitária da doença acontece quando não é mais possível identificar a origem da infecção. Esse estágio já era esperado, visto que diversos Estados do País já confirmaram a circulação sustentada e a disseminação autóctone do vírus", diz a secretária-executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael.

Patrícia Ismael acrescenta que, do ponto de vista da vigilância epidemiológica, permanecem todas as ações de monitoramento e acompanhamento dos casos da varíola do macaco, assim como a obrigatoriedade da notificação compulsória pelos serviços de saúde.

"É importante lembrar ainda que o Estado já possui o Plano de Resposta de Saúde Pública aos casos de Monkeypox em Pernambuco, com o objetivo de minimizar o impacto provocado pela introdução do vírus no território estadual. Também continuamos instrumentalizando os gestores municipais, a fim de garantir uma resposta adequada à doença."

Do total das notificações de varíola dos macacos em Pernambuco, 42 pacientes tiveram confirmação laboratorial para monkeypox e envolvem pessoas residentes nos municípios de Recife (27), Jaboatão dos Guararapes (4), Paulista (2), Olinda (2), Caruaru (2), Petrolina (1), Camaragibe (1), Surubim (1), São José do Egito (1) e Condado (1).

As faixas etárias dos casos confirmados de varíola dos macacos são: 20 a 29 (18), 30 a 39 (14) e 40 a 49 (8), 60 e mais (2). Entre eles, 36 do sexo masculino e 6 do sexo feminino. Dos casos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar. 

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Já os 351 casos de varíola dos macacos que estão em investigação são de pessoas residentes nos municípios de Recife (53), Olinda (44), Jaboatão dos Guararapes (42), Paulista (25), Abreu e Lima (13), Caruaru (10), Petrolina (11), Belo Jardim (9), Cabo de Santo Agostinho (9), Carpina (9), Camaragibe (7), Paudalho (7), Garanhuns (6), Limoeiro (5), Tuparetama (5), Buíque (4), Ferreiros (4), Pesqueira (4), Araripina (3), Floresta (3), Jatobá (3), Ouricuri (3), São José do Egito (3), São Lourenço da Mata (3), Araçoiaba (3), Bom Jardim (2), Brejo da Madre de Deus (2), Cabrobó (2), Igarassu (2), Ipojuca (2), Itaquitinga (2), Lagoa Grande (2), Machados (2), Nazaré da Mata (2), Palmares (2), Pedra (2), São Caitano (2), Tabira (2), Tacaimbó (2), Afogados da Ingazeira (1), Alagoinha (1), Altinho (1), Arcoverde (1), Barreiros (1), Belém do São Francisco (1), Bezerros (1), Brejinho (1), Camocim de São Félix (1), Casinhas (1), Catende (1), Condado (1), Custódia (1), Fernando de Noronha (1), Gameleira (1), Granito (1), Gravatá (1), Ilha de Itamaracá (1), Ipubi (1), Jaqueira (1), Jucati (1), Lajedo (1), Pombos (1), Rio Formoso (1), Sairé (1), Salgueiro (1), Santa Maria do Cambucá (1), São João (1), São Joaquim do Monte (1), São Vicente Ferrer (1), Serra Talhada (1), Timbaúba (1), Toritama (1), Vertente do Lério (1) e Vertentes (1).

As faixas etárias dos casos em investigação de varíola dos macacos são: 0 a 9 (52), 10 a 19 (58), 20 a 29 (79), 30 a 39 (60), 40 a 49 (51) e 50 a 59 (30) e 60 e mais (19), sendo 198 do sexo masculino e 151 do sexo feminino. Os casos notificados estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.

Varíola do macaco: confira os cuidados

"Apesar de a maioria dos casos se manifestarem de forma leve, reforçamos a necessidade da população ficar mais atenta com relação aos sintomas, como as lesões na pele. Como ainda não há vacina para a doença, é importante que se mantenham alguns cuidados", orienta Patrícia Ismael.

"Caso ocorra o aparecimento de lesões, é preciso procurar um serviço de saúde na sua cidade, manter o isolamento e seguir todas as recomendações médicas, a fim de evitar a transmissão e propagação do vírus", complementa a secretária-executiva. 

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