DEPRESSÃO: estudo envolvendo cogumelo alucinógeno abre novas possibilidades no tratamento da doença
A depressão é uma das doenças mais incapacitantes do mundo; entenda o que pode mudar com o estudo
Um estudo recente divulgado na revista científica New England Journal of Medicine mostra que um composto presente em cogumelo alucinógeno pode ajudar no tratamento de depressão.
O estudo apontou que em até 12 semanas, as melhorias já poderiam ser detectadas, apesar dos efeitos colaterais precisarem de acompanhamento médico bem de perto.
Por conta disso, é necessário um maior aprofundamento, mas já há um cenário de otimismo promovido pelo estudo.
INFORMAÇÕES DO ESTUDO SOBRE DEPRESSÃO
As pessoas que foram realizar os testes possuíam depressão severa e tinham a faixa etária por volta de 40 anos.
Após a dosagem de 25mg de psilocibina comp360, aliado a psicoterapia, mudanças consideráveis foram apresentadas no cenário.
De cada três pessoas, uma não foi mais diagnosticada como deprimida em até três semanas.
Além disso, de cada cinco pessoas, uma apresentava uma grande melhora no seu estado clínico em 12 semanas.
O autor James Rucker ponderou como a droga foi pensada para agir no cérebro e comentou sobre suas consequências contra a depressão:
“(O remédio) promove uma ação direta no cérebro, colocando-o em um estado mais flexível e fornecendo uma janela de oportunidade para terapia. (Os efeitos) podem ser muito positivos, mas também podem ser negativos”, pontuou.
Além disso, o pesquisador também comentou como o remédio pode reviver traumas do passado do sujeito, provocando desconforto a quem tomá-lo:
“Memórias difíceis do passado podem surgir, por exemplo, ao mesmo tempo em que você sente uma reconexão consigo mesmo e com seus sentimentos”, concluiu.
SINTOMAS DA DEPRESSÃO
A depressão é uma doença que não é diagnosticada por um único sintoma, mas a combinação de vários deles.
Veja abaixo os sintomas mais comuns da doença:
• Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
• Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
• Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
• Desinteresse, falta de motivação e apatia;
• Falta de vontade e indecisão;
• Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
• Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
• Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;
• Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
• Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;
• Perda ou aumento do apetite e do peso;
• Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
• Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
SAIBA NO VÍDEO ABAIXO COMO AGE A DEPRESSÃO NO CORPO HUMANO
REFERÊNCIAS
Biblioteca Virtual em Saúde - Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/depressao-4/
OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde): https://www.paho.org/pt/topicos/depressao#:~:text=Ela%20pode%20causar%20%C3%A0%20pessoa,entre%2015%20e%2029%20anos.
Governo do Distrito Federal: https://www.sejus.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2021/01/Depressao.pdf