SAÚDE NO ENEM

ENEM 2022: quantas horas tenho que DORMIR antes do Enem? Veja por que estudantes não devem trocar sono por estudos

Trocar horas de sono por estudo pode comprometer o desempenho cognitivo do aluno durante a prova do Enem

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 12/11/2022 às 14:10 | Atualizado em 12/11/2022 às 14:24
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Da Agência Brasil

Com a proximidade do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), muitos alunos passaram a estudar mais durante as noites.

No entanto, os estudantes não devem trocar horas de sono pelos estudos, alerta o médico do Instituto do Sono, o pediatra Gustavo Moreira. A estratégia é errada e pode comprometer o desempenho cognitivo do aluno no dia seguinte.

A restrição, mesmo que parcial de sono, tem impacto negativo na memória de trabalho e nas habilidades de pensamento estratégico, que são funções cognitivas associadas ao lobo frontal. "Durante o sono, o cérebro decide o que vai consolidar na memória do que foi aprendido no dia anterior. Por isso, a privação de sono pode piorar o desempenho cognitivo", destaca o médico.

De acordo com o Instituto do Sono, pesquisadores norte-americanos compararam, em uma pesquisa realizada em 2015, o desempenho acadêmico e o padrão de sono de 364 alunos da Universidade de Auburn.

É BOM ESTUDAR UM DIA ANTES DO ENEM? 

Eles constataram que, na véspera dos exames, mais de 80% dos estudantes costumavam dormir menos de 7 horas. O estudo, porém, concluiu que a maior duração de sono na noite anterior às provas estava relacionada a notas mais altas no curso.

O instituto destaca ainda que pesquisadores mexicanos realizaram um estudo, publicado em 2021, na revista Sleep Science, e observaram que, após privação de sono, os estudantes apresentaram redução do alerta, atenção sustentada e seletiva e ainda prejuízo nas suas funções executivas.

Para conseguir um desempenho melhor nos estudos, o médico Gustavo Moreira orienta os estudantes a sempre manter os mesmos horários de dormir, acordar, e de se alimentar.

Celular e computador devem ser evitados à noite, assim como estimulantes como café, chás, chocolate ou energéticos.

O especialista recomenda ainda que os alunos se exponham, durante o dia, ao sol e à natureza nos intervalos de descanso.

À noite, a luz deve ser usada com moderação.

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