MONKEYPOX

VARÍOLA DO MACACO: Pediatras dão orientações para escolas sobre prevenção da MONKEYPOX

Em Pernambuco, 12 casos de varíola dos macacos foram confirmados em crianças até 9 anos

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 02/12/2022 às 16:59 | Atualizado em 02/12/2022 às 17:02
FREEPIK/BANCO DE IMAGENS
Apesar do baixo número de crianças infectadas pelo vírus da varíola dos macacos, pediatras alertam que é importante se atentar para medidas gerais voltadas para a prevenção e o controle de contágio da doença nas escolas - FOTO: FREEPIK/BANCO DE IMAGENS
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Capacitar e orientar as instituições de educação infantil sobre a monkeypox (MXP), conhecida popularmente por varíola dos macacos, são formas de garantir um ambiente escolar seguro e também promover o controle da doença, que passará a se chamar mpox em todos os idiomas, segundo anunciou a Organização Mundial de Saúde recentemente. 

Um alerta sobre a doença foi feito, na quinta-feira (1º), pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), no documento Monkeypox: orientações para prevenção e controle nas instituições escolares, publicado pelo grupo de trabalho Educação é Saúde, da entidade médica.

Apesar de a característica do atual surto de mpox no mundo mostrar que é o baixo número de crianças infectadas pelo vírus, desde a confirmação do primeiro paciente com a doença, é importante se atentar para medidas gerais voltadas para a prevenção e o controle de contágio da doença nas escolas.

Em Pernambuco, segundo boletim publicado no último dia 1º, 1.885 casos de mpox foram notificados. Desse total, 282 foram confirmados. Desse total, 12 casos são em crianças até 9 anos e 16 confirmações da doença na faixa etária entre 10 e 19 anos. 

VARÍOLA DOS MACACOS BRASIL

De acordo com dados divulgados no fim de novembro pelo Ministério da Saúde, o Brasil registra mais de 10 mil casos confirmados de varíola dos macacos. É o segundo com o maior número de diagnósticos e mortes (13) no surto atual, atrás apenas dos Estados Unidos, com 29 mil e 14 vítimas do vírus. Ao todo, 81 mil pessoas foram infectadas pelo vírus da varíola dos macacos no mundo.

Para evitar a transmissão nas escolas, os especialistas da SBP orientam que devem ser reforçadas as medidas sanitárias já adotadas durante a pandemia de covid-19, como o uso de máscaras em maiores de 2 anos, higienização das mãos e não compartilhar objetos pessoais como copo, talher e material de estudo. 

VARÍOLA MACACOS SINTOMAS

Além disso, manter famílias e estudantes informados sobre os sinais e sintomas sugestivos da mpox ajudam a garantir a prevenção do contágio. A recomendação é procurar avaliação médica imediata nos primeiros sinais de febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, vômito, aumento dos gânglios e lesões na pele ou região genital que parecem espinhas. 

De forma geral, especialistas afirmam que “a doença vem se mostrando autolimitada e de pouca gravidade, mas pode evoluir para formas graves, em especial nos grupos de risco, como gestantes, pessoas com imunodeficiências, pessoas idosas e crianças com eczema ou outras doenças de pele e em menores de 8 anos de idade”.

No caso das crianças, é preciso ficar atento, já que o sistema imunológico ainda está em fase de desenvolvimento na infância.

No documento, a SBP ressalta ainda que toda a comunidade escolar deve ser orientada sobre as formas de contágio, apresentação clínica e prevenção da doença.

Além disso, a entidade médica recomenda produzir e divulgar materiais de comunicação para distribuição dos alunos com informações de fácil entendimento sobre os cuidados com a doença e medidas adotadas pela escola. Os pediatras também incentivam e orientam quanto à necessidade da adesão às medidas sanitárias. 

Segundo a SBP, nos casos confirmados da doença, a instituição escolar deve orientar pais e responsáveis a procurar um serviço de saúde para avaliação e confirmação diagnóstica; monitorar os contatos até o resultado do exame; comunicar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da escola; além de notificar os setores da educação responsáveis pelo controle de doenças.

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