O combate ao câncer de colo de útero ganhou reforço em Pernambuco e recebeu um aporte de R$ 4,2 milhões, autorizados pelo governador Paulo Câmara, nesta terça-feira (13), em solenidade no Palácio do Campo das Princesas, em Santo Antônio, área central do Recife.
A iniciativa permitirá a continuidade do Útero é Vida, por meio da validação do exame de identificação do vírus HPV.
Além disso, vai proporcionar a ampliação do programa, garantindo a realização da testagem, nos próximos dois anos, em 80 mil mulheres.
Dessas, serão 60 mil beneficiadas no Recife e 20 mil em oito municípios da Mata Sul de Pernambuco (Amaraji, Barreiros, Cortês, Lagoa dos Gatos, Primavera, Ribeirão, São Benedito do Sul e Tamandaré).
O Estado contabiliza, todo dia, pelo menos uma morte por câncer de colo do útero, uma doença altamente prevenível.
“Saúde Pública se faz além dos investimentos nas unidades e hospitais. Precisamos estar atentos às políticas sociais, principalmente àquelas que dizem respeito à prevenção. Essa é uma ação estruturadora, que agora vamos dar uma prioridade maior, promovendo ainda mais a saúde da mulher pernambucana. Será determinante para o futuro e para salvar vidas”, disse Paulo Câmara.
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O programa tem como objetivo a reorganização da linha de cuidado do câncer de colo do útero no Estado, definida por meio da Carta Acordo, constituída pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES).
"Desde 2019, trabalhamos com a possibilidade de iniciar a prevenção não pela citologia, como é feito hoje, mas pelo teste do HPV. Esse teste comercialmente falando é muito caro. Então, foi iniciado um estudo com um teste que tivesse custo aceitável para o SUS", esclareceu a médica Letícia Katz, coordenadora técnica do programa.
"Além dessa validação, estamos também fazendo toda a evolução da linha de cuidado para oferecer um serviço ideal de acompanhamento em caso de resultado positivo", acrescentou.
Nos últimos quatro anos, segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, já foram investidos R$ 18 milhões nesse combate. "A continuidade dele possibilita, num futuro próximo, diminuir as desigualdades no acesso aos serviços e políticas de Saúde, reduzindo também o número de óbitos pela doença em nosso Estado", frisou Longo.
Além da Cooperação Técnica com a Opas, o Útero é Vida conta com a participação de instituições de outros países, como a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), e nacionais, como a Fiocruz – Ceará/ FIOTEC, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), o Imip, o Hospital de Câncer de Pernambuco, a Universidade Federal de Pernambuco, o Hospital de Amor de Barretos (SP) e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Durante o anúncio do governador, estiveram presentes no Palácio do Campo das Princesas o diretor-geral da Opas, Jarbas Barbosa; a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross; o coordenador do Termo de Cooperação Opas/SES-PE, Mozart Sales; a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque; o secretário-executivo de Saúde da SES, Humberto Antunes; o vice-diretor de pesquisa da Fiocruz, Manoel Lima e a superintendente geral do Imip, Teresa Campos.
QUAIS OS SINTOMAS DE CÂNCER NO COLO DO ÚTERO?
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial.
Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
O QUE PROVOCA O CÂNCER NO COLO DO ÚTERO?
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV).
A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital.
Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
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