VACINAÇÃO MONKEYPOX: primeiro lote de VACINAS CONTRA MPOX chega a Pernambuco esta semana; veja quem tomará as primeiras doses
A vacina contra monkeypox é um insumo essencial no bloqueio da transmissão do vírus, principalmente para o grupo de risco
A campanha de vacinação contra monkeypox (ou mpox, doença conhecida popularmente como varíola dos macacos) começou, mas há Estados que ainda aguardam a chegada do primeiro lote de vacinas.
É o caso de Pernambuco, que ainda não recebeu as doses de vacinas contra monkeypox.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que, até o momento, não recebeu do Ministério da Saúde a vacina contra monkeypox.
"A previsão é que os imunizantes cheguem ao Estado ainda nesta semana", diz.
A vacina contra monkeypox é um insumo essencial no bloqueio da transmissão do vírus, principalmente para o grupo de risco.
Segundo a SES-PE, Pernambuco receberá, neste primeiro lote, 687 doses.
Serão aplicados 50% desse total, já que a segunda dose precisa ser administrada em curto prazo, após 28 dias.
O esquema de vacinação de monkeypox é de duas doses (com 0,5 ml cada), com quatro semanas de intervalo (28 dias).
A SES-PE ainda destaca que as doses da vacina contra monkeypox serão distribuídas aos grupos específicos previstos no Informe Técnico Operacional de Vacinação Contra a Mpox, enviado pelo Ministério da Saúde.
NÚMEROS DE MPOX EM PERNAMBUCO
Em Pernambuco, desde o início do surto de mpox, foram notificados mais de 2 mil casos de varíola dos macacos.
O total de confirmados, no Estado, ultrapassa a marca de 300 casos.
VACINA MPOX BRASIL
O foco do Ministério da Saúde são os grupos de risco para as formas graves da doença, com as pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais que atuam em laboratórios em contato com o vírus.
Também serão vacinadas pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença.
Para a vacinação contra varíola dos macacos, o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, coloca à disposição do público-alvo cerca de 47 mil doses.
A estratégia de vacinação contra mpox segue enquanto durarem os estoques.
QUEM DEVE TOMAR VACINA VARÍOLA DO MACACO?
Para a vacinação contra monkeypox pré-exposição, devem tomar as doses pessoas que vivem com HIV/aids que tenham "contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células".
Para a pós-exposição, entram no grupo contatos de pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox (varíola dos macacos), classificados como exposição de risco alto ou médio.
MONKEYPOX: SABIA MAIS SOBRE VARÍOLA DOS MACACOS NO VÍDEO ABAIXO
A primeira remessa de vacina contra varíola dos macacos, com 9,8 mil unidades, foi recebida pelo Brasil ainda em outubro.
QUAL VACINA PREVINE MONKEYPOX?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado, por unanimidade, a utilização das vacinas Jynneos/Imvanex ainda em agosto, prorrogando a dispensa de registro por mais seis meses em fevereiro deste ano.
QUAIS OS SINTOMAS DE MONKEYPOX?
Veja abaixo os sinais e sintomas apresentados pelos casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco:
- erupção cutânea
- cefaleia
- febre
- astenia/fraqueza
- adenomegalia (gânglios inchados)
- dor muscular
- dor de garganta
- suor/calafrios
- dor nas costas
- artralgia
- náusea/vômito
- fotossensibilidade
- sinais hemorrágicos
- conjuntivite
MONKEYPOX MINISTÉRIO DA SAÚDE
Segundo o balanço técnico do Ministério da Saúde, enviado a Estados e municípios, o surto de monkeypox no País tem notificados 50.803 casos suspeitos de monkeypox: 10.301 (20,3%) foram confirmados; 339 (0,7%) classificados como prováveis; 3.665 (7,2%), suspeitos e 36.498 (71,8%), descartados. No período, foram registradas 15 mortes.
Os dados são desde o início do surto até a semana 7 de 2023 (12 a 18 de fevereiro).
A curva de casos mostra um crescimento a partir de julho e pico em agosto.
Depois, a partir de setembro, tendência de queda, embora casos de varíola dos macacos sigam sendo notificados.
"Felizmente o cenário epidemiológico (de monkeypox) é de declínio", afirma a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
"Como o vírus ainda está circulando - não há eliminação, mas controle - é importante vacinarmos para maior proteção dos mais vulneráveis ao desenvolvimento de quadros clínicos mais graves ou mais expostos ao vírus."
Questionada sobre o porquê de a vacinação começar só agora, Ethel disse: "Recebemos (o governo) com as doses sem uso e pedimos à Anvisa autorização para utilizar as vacinas".
O ex-ministro Marcelo Queiroga disse que a área técnica recomendou uma pesquisa, mas até o final da gestão o protocolo não havia sido aprovado.
*Inclui também informações do Estadão Conteúdo