A Organização Mundial de Saúde (OMS) ressalta: a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar.
Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso. Desse total, 700 milhões estão com obesidade.
No Brasil, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostra que 55,4% das pessoas têm excesso de peso e 19,8% apresentam obesidade.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças.
Quem tem excesso de peso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, entre outras doenças.
Além disso, o excesso de peso e a obesidade podem agravar ainda mais os problemas acima citados.
Veja abaixo as principais doenças que podem surgir ou ser agravadas pelo excesso de peso e obesidade:
HIPERTENSÃO: POR QUE A OBESIDADE AUMENTA A PRESSÃO ARTERIAL?
A obesidade, que há muito tempo é associada a elevações da pressão arterial, é reconhecida como um fator de risco isolado para doenças cardiovasculares e atualmente faz parte dos maiores riscos cardiovasculares listados pela Associação Americana do Coração.
O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da hipertensão.
DIABETES: POR QUE A OBESIDADE PODE CONDUZIR A DIABETES TIPO 2?
As taxas crescentes de obesidade, má alimentação e falta de atividade física, entre outros fatores, contribuíram para mais que triplicar o número de adultos que vivem com diabetes nas Américas nos últimos 30 anos, de acordo com novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O aumento de casos de diabetes ao longo de três décadas está ligado ao aumento nos fatores de risco: dois terços dos adultos nas Américas estão com sobrepeso ou obesidade, e apenas 60% fazem exercícios suficientes.
CÂNCER: COMO A OBESIDADE PODE CAUSAR CÂNCER?
Quanto maior o grau de obesidade, maior também será a probabilidade de ocorrência do câncer.
A obesidade está diretamente relacionada à forma como as pessoas têm mudado seus hábitos alimentares, trocando alimentos in natura e minimamente processados e preparações culinárias, por alimentos processados e ultraprocessados em geral.
De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estudos demonstram que atualmente o excesso de peso é um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil.
Na lista, estão incluídos os tumores de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.
APNEIA DO SONO: POR QUE A OBESIDADE CAUSA APNEIA DO SONO?
Uma das doenças associadas à obesidade, o distúrbio conhecido como apneia do sono é caracterizado por pausas respiratórias com duração mínima de 10 segundos enquanto se dorme. Essa interrupção está relacionada diretamente com alterações cardíacas e pulmonares.
A apneia do sono tem como sintomas são o ronco, a fadiga diurna e a diminuição da capacidade concentração que podem trazer prejuízos no aspecto social e afetar negativamente a vida do paciente.
A obesidade causa alterações no corpo do paciente que alimentam a apneia e geram um ciclo vicioso entre o ganho de peso e noites com baixa qualidade de sono.
ASMA: COMO O GANHO DE PESO INTERFERE NA ASMA?
Estudos sugerem que a ação pró-inflamatória do excesso de peso e obesidade pode levar ao desenvolvimento de inflamação nas vias aéreas e, como consequência, a asma.
Estudos mostram que, em geral, a obesidade precede a asma e que o risco de asma aumenta com a obesidade.
GORDURA NO FÍGADO: QUEM TEM OBESIDADE TEM GORDURA NO FÍGADO?
A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, é consequência de uma elevação do estoque de gordura no corpo.
Atualmente a gordura no fígado é uma das principais causas de cirrose, aumentando a necessidade de transplantes de órgão.
Os especialistas explicam que a esteatose hepáticas tem diversas causas, e a mais comum é o ganho de peso abdominal.
BENEFÍCIOS DA PERDA DE PESO
Não existem dúvidas de que a redução de peso de 5% a 10% é uma medida efetiva para combater essas condições que pioram a qualidade de vida e aumentam o risco cardiovascular, além de outros problemas de saúde.
Ou seja, a perda e a manutenção de peso entre 5% e 10% do peso inicial já são importantes para se ter melhorias significativas na redução de risco cardiovascular, diminuição da pressão arterial, do colesterol e da glicemia.
REFERÊNCIAS
"Meça a Pressão e Descomplique a Vida": https://bvsms.saude.gov.br/meca-a-pressao-e-descomplique-a-vida-26-4-dia-nacional-de-prevencao-e-combate-a-hipertensao-arterial/. Acessado em 13/04/2023.
Obesidade - Introdução: https://www.endocrino.org.br/obesidade-introducao/. Acessado em 13/04/2023.
Obesidade aumenta chance de doença no fígado: https://abeso.org.br/obesidade-aumenta-chance-de-doenca-no-figado/. Acessado em 13/04/2023.
Sobrepeso e obesidade aumentam risco de asma em até 50%: https://asbai.org.br/sobrepeso-e-obesidade-aumentam-risco-de-asma-em-ate-50/. Acessado em 13/04/2023.
Especialistas alertam para riscos associados entre obesidade e apneia do sono: https://www.sbcbm.org.br/especialistas-alertam-para-riscos-associados-entre-obesidade-e-apneia-do-sono/. Acessado em 13/04/2023.
Número de pessoas com diabetes nas Américas mais do que triplica em três décadas: https://www.paho.org/pt/noticias/11-11-2022-numero-pessoas-com-diabetes-nas-americas-mais-do-que-triplica-em-tres-decadas. Acessado em 13/04/2023.
13 tipos de câncer relacionados à obesidade: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/prevencao-ao-cancer/13-tipos-de-cancer-relacionados-a-obesidade. Acessado em 13/04/2023.
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