PRESSÃO ALTA

PRESSÃO ALTA: veja 7 dicas para medir a pressão em casa

Para cardiologista, a avaliação da pressão é um elemento fundamental tanto na prevenção individual quanto coletiva

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 24/09/2022 às 20:24 | Atualizado em 26/09/2022 às 10:19
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Para manter a hipertensão controlada, além de adotar hábitos saudáveis e seguir as prescrições médicas, é essencial fazer o controle da pressão arterial.

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Pessoas acima de 20 anos de idade, sem diagnóstico de hipertensão, devem medir a pressão arterial ao menos uma vez por ano, segundo o Ministério da Saúde. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.

"Sabemos que por trás das doenças que acometem o coração, especialmente o AVC (acidente vascular cerebral) e o infarto, está a hipertensão. Por isso, a avaliação da pressão é um elemento fundamental tanto na prevenção individual quanto coletiva", afirma o cardiologista Marco Mota, consultor da Omron Healthcare Brasil.

Como saber se a pressão está alta?

A cartilha Você conhece sua pressão arterial - Dicas para Automedição, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), lista 7 orientações para quem deseja medir a pressão corretamente em casa ou em qualquer outro local fora do consultório médico. Confira: 

  1. Aparelhos com monitores automáticos são bons aliados. Busque orientação médica para escolher o modelo mais adequado
  2. Meça a pressão arterial em um local silencioso e livre de ruídos
  3. Não fale durante a medida da pressão
  4. Coloque a braçadeira diretamente no braço; nunca do cima da roupa
  5. Apoie o braço na altura do coração
  6. Apoie os pés e as costas, e não cruze as pernas
  7. Estar com a bexiga vazia

Qual é a pressão normal? 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), precisamos ficar atentos a estes valores de pressão arterial. Confira os números: 

Pressão normal:

100 / 600
120 / 80 - 12 por 8
129 / 84 

Normal limítrofe:

130 / 85
139/89 

Procure um médico:

140 ou + / 90 ou + 

PRESSÃO ALTA MATA

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou pressão alta é uma doença crônica prevalente e tem forte relação com a ocorrência de doenças do coração, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

De 25% a 30% da população brasileira adulta estão hipertensos. Após os 60 anos, a prevalência chega a mais de 50% das pessoas, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

Cerca de 400 mil pessoas morrem por ano em consequência de doenças do coração, sendo a hipertensão uma das maiores causas. 

HIPERTENSÃO: veja outras dicas para fazer a medição da pressão arterial corretamente

  • aferição sempre feita em repouso
  • não devem ser praticadas atividades físicas intensas poucas horas antes da medição
  • o braço deve estar relaxado e na altura do coração, entre outras indicações

A automedida da pressão arterial (ou simplesmente AMPA, na sigla em inglês) recebeu destaque na última Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (DBHA2020), publicada em novembro de 2020.

Essa maneira de aferir a pressão arterial tem se tornando popular e ganha mais adesão entre as pessoas que necessitam manter a hipertensão sob controle.

Os principais fatores que contribuem para o uso correto do medidor são a confiabilidade e a facilidade proporcionadas pelos aparelhos que aferem a pressão arterial.  

A aferição feita em consultório ou em exames laboratoriais é importante. Essa medição deve também ser complementada pelo registro do próprio paciente, o que pode ser feito com o uso de um monitor específico.

Segundo o cardiologista Marco Mota, consultor da Omron Healthcare Brasil, quando o paciente possui o equipamento de medir pressão em casa fica, mais fácil detectar o problema não apenas em si mesmo, mas também no contexto familiar.

"Em 90% dos casos, a hipertensão é hereditária. Daí a importância de medi-la regularmente, além de uma vez ao ano realizar uma avaliação médica de todos os membros da família. Ao detectar o problema em alguém, é possível que o paciente se apresse em buscar ajuda e também um diagnóstico", explica o cardiologista.

É recomendado que o aparelho seja utilizado uma vez ao dia, se possível sempre no mesmo horário, ou quando surgir algum sintoma diferente.

O cardiologista Marco Mota ainda frisa que as diretrizes médicas preconizam que a pressão deve ser medida por profissional de saúde em qualquer etapa da vida ou mesmo em casos de menores de idade. "Vivemos hoje uma epidemia de adolescentes hipertensos, já que muitos enfrentam o sobrepeso e a obesidade. E ainda há o sedentarismo, uma vez que os jovens estão cada vez mais presos às telas de celulares e computadores", alerta Mota.

Por que é perigoso ter pressão alta?

As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica.

Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca.

O tratamento de hipertensão de forma continua, amplia a qualidade e expectativa de vida.

O que causa pressão alta?

  • Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão.
  • O sobrepeso e a obesidade podem acelerar até 10 anos o aparecimento da doença.
  • O consumo exagerado de sal, associados a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.

Quais são os sintomas da hipertensão?

  • Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser sinais de alerta para alteração na função de bombeamento do sangue.
  • Um detalhe que requer alerta é que a hipertensão geralmente é silenciosa. Por isso, é importante a medida regular da pressão arterial.

Como tratar a pressão alta?

  • A hipertensão, na maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada.
  • Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, mas é fundamental adotar um estilo de vida mais saudável, como mudança de hábitos alimentares, redução do consumo de sal, atividade física regular, não fumar, e consumo de álcool com moderação, entre outros.

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