Imediatamente após o governo de Pernambuco confirmar, na terça-feira (20), o fechamento do Hospital de Retaguarda em Neurologia (HRN), no Prado, Zona Oeste da cidade, noticiamos o impacto que essa decisão causa na assistência à saúde das pessoas que precisam de assistência neurológica.
Sem receber pacientes desde 15 de junho, o HRN está para ter as portas fechadas no próximo dia 30.
Com isso, as duas urgências em neurologia do Estado (Hospital Pelópidas Silveira e Restauração) começam a ficar superlotadas: na terça-feira, juntas, as duas unidades tinham 156 pacientes nos corredores.
Na manhã desta quarta-feira (21), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) se pronunciou sobre esse retrocesso na Saúde.
O Cremepe informou que recentemente fez fiscalização no Hospital de Retaguarda em Neurologia (HRN), e verificou a boa estrutura e qualidade de atendimento da unidade.
Dessa maneira, o conselho diz que "teme" que o fechamento do HRN "provoque prejuízo na assistência aos pacientes neurológicos, com transferência para outras unidades da rede pública".
A autarquia receia também que "ocorra novamente a superlotação do Hospital da Restauração (HR), o que já vem sendo divulgado por diversos meios de comunicação".
O Cremepe ainda destacou que, ao ser inaugurado no ano passado, o Hospital de Retaguarda em Neurologia (HRN) cumpria papel importante no tratamento e reabilitação de pacientes com doenças neurológicas, assim como foi fundamental para desafogar o Hospital da Restauração e o Pelópidas Silveira.
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"O Conselho espera a sensatez na reversão dessa decisão, que atingirá não apenas esse tipo especial de pacientes, como também médicos e profissionais de saúde especializados que, demitidos, perderão seus postos de trabalho e dificilmente serão aproveitados em outras unidades já indicadas para suprir o fechamento do HRN", destacou, em nota, a autarquia.
O Cremepe ainda ressaltou que enviará ofício para agendamento de reunião com a Secretaria de Saúde de Pernambuco para "solicitar a permanência do funcionamento da unidade e avaliar se as medidas tomadas pelo seu fechamento contemplarão as necessidades da população".