Pernambuco tem quarta morte de paciente com superfungo Candida auris em 2024
Com duas novas confirmações, o Hospital Getúlio Vargas contabiliza, apenas neste ano, cinco casos do superfungo Candida auris - quatro foram a óbito
A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirma dois novos casos positivos para o superfungo Candida auris no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. O registro vem dias após a pasta ter anunciado a morte de três pacientes, no Estado, com Candida auris - superfungo que representa uma séria ameaça à saúde pública. Ele pode causar infecção de corrente sanguínea e outras infecções invasivas.
Dos dois novos casos de Candida auris, um foi a óbito. A vítima era uma idosa de 78 anos. Ela morreu no último dia 4, em decorrência de complicações de doenças pré-existentes, segundo a SES. O outro paciente que positivou para o superfungo também é idoso: tem 72 anos. Ele segue internado em isolamento no Hospital Getúlio Vargas.
O idoso é contactante de casos anteriormente positivados, assim como a idosa que faleceu. Antes de positivarem para o superfungo, eles já se encontravam, de acordo com a SES-PE, em área de isolamento na própria unidade de saúde.
Esses dois novos casos foram detectados após a realização da coleta de amostras de material biológico de pacientes que estiveram no mesmo ambiente das três pacientes afetadas pelo superfungo no fim de fevereiro.
Com essas novas confirmações, a unidade contabiliza, apenas neste ano, cinco casos do superfungo Candida auris - quatro foram a óbito.
A SES-PE garante que as mortes não foram provocadas pela Candida auris, mas sim por complicações relacionadas a outras doenças de base.
"Desde o mês de fevereiro, quando surgiram os primeiros casos deste ano, o Hospital Getúlio Vargas tem intensificado as ações do protocolo de segurança sob a supervisão da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa)", informa, em nota, a secretaria.
"Entre as medidas, estão o reforço nas ações de limpeza e a desinfecção de todo ambiente hospitalar, assim como o monitoramento dos possíveis contatos dos casos positivos em área isolada dos demais pacientes."
A SES-PE também reforça que, neste momento, não foi necessário isolar nenhum novo setor da unidade, visto que os casos mais recentes já se encontravam em ambiente controlado, diante do histórico de contato com pacientes positivos para o superfungo.
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