Prefeita em SC amputa perna após complicações por trombose: Entenda a doença e seus riscos
Trombose é uma das principais causas de amputações e pode levar a complicações fatais. Conheça os riscos e como a condição afetou prefeita

A prefeita de Trombudo Central, em Santa Catarina, Geovana Gessner (MDB), passou por uma cirurgia para amputar a perna devido a complicações de uma trombose. O caso da prefeita chama a atenção para uma questão de saúde que, embora grave, muitas vezes é subestimada.
A trombose é uma condição séria que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo, mas que ainda é pouco conhecida.
Ela ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo de sangue em um vaso sanguíneo, e dependendo de onde isso acontece, pode ter consequências graves, como foi o caso recente da prefeita Geovana Gessner.
A prefeita passou por diversas cirurgias devido ao longo do ano e teve o quadro de saúde agravado na última sexta-feira.
Ela está internada na UTI, sedada e em estado grave. A equipe médica trabalha para estabilizar o quadro e iniciar os próximos tratamentos.
O que é trombose?

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a trombose ocorre quando um coágulo impede o fluxo de sangue em um vaso sanguíneo.
No caso de trombose arterial, esse coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo em uma artéria, que é responsável por levar sangue rico em oxigênio para os órgãos e tecidos.
O bloqueio de uma artéria pode resultar em problemas ainda mais sérios, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral), pois impede a oxigenação adequada das áreas afetadas.
A trombose arterial, considerada mais grave que a venosa, acontece com menos frequência, mas pode ter consequências irreversíveis, como aconteceu com a prefeita de Trombudo Central, Geovana Gessner.
Após passar por diversas cirurgias devido à condição, a gestora municipal precisou amputar a perna para evitar complicações maiores.
Incidência de trombose no Brasil e no mundo
De acordo com a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), estima-se que, no Brasil, a cada mil habitantes, uma ou duas pessoas são acometidas por trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
Embora não haja registros exatos no Brasil, é evidente que a trombose tem impacto expressivo na saúde pública. Nos Estados Unidos, esse número chega a 300 mil casos por ano, enquanto na Europa, são cerca de 500 mil.
Causas e fatores de risco de trombose arterial
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de trombose, tanto venosa quanto arterial.
No caso específico da trombose arterial, a principal causa é a aterosclerose, uma condição em que depósitos de gordura se acumulam nas paredes das artérias, tornando-as mais estreitas, o que favorece a formação de coágulos.
Além disso, outros fatores de risco incluem:
- Uso de anticoncepcionais ou tratamentos hormonais;
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Histórico familiar de trombose;
- Idade avançada;
- Condições como hipertensão, colesterol alto e diabetes;
- Sobrepeso ou obesidade.
No caso de trombose arterial, a combinação desses fatores com maus hábitos alimentares e o consumo excessivo de álcool pode acelerar o desenvolvimento da aterosclerose, aumentando ainda mais o risco de formação de coágulos.