Corpo fica mais sensível à gastroenterite no verão
Gastroenterite pode causar diarreia, vômitos, febre, entre outros sintomas. É importante ter atenção redobrada à doença durante o calor
A estação mais quente do ano só chega oficialmente em dezembro, mas o calor já bate na porta e a atenção com a saúde e as possíveis doenças sazonais que podem chegar com o período precisa ser redobrada.
Diante deste cenário, a Unidade de Pronto Atendimento Professor Fernando Figueira (UPA 24h), localizada no município de São Lourenço da Mata, faz um alerta para a condição médica conhecida por Gastroenterite Aguda (GECA), conhecida como uma inflamação no trato gastrointestinal que pode ser causada por infecções virais como, por exemplo, o rotavírus, bactérias, como Salmonella, ou parasitas.
Sua transmissão pode ocorrer durante o ano todo, porém existem picos sazonais. De acordo com Kaio Sales, clínico geral da UPA São Lourenço, o aumento, no Brasil, geralmente ocorre no verão devido ao calor e umidade que facilitam a proliferação de microrganismos em alimentos e água. “No entanto, também podemos ter picos no inverno relacionados a vírus, como o rotavírus”, completa.
Sintomas
A Gastroenterite Aguda pode ser transmitida através do consumo de alimentos ou água contaminados, além do contato direto com pessoas infectadas.
Entre os principais sintomas da GECA estão:
- Diarreia;
- Vômitos;
- Dor abdominal;
- Febre;
- Mal-estar geral;
- Desidratação.
Crianças, idosos, gestantes e pessoas com o sistema imunológico comprometido são mais vulneráveis à GECA, com maior risco de desidratação grave e outras complicações.
“Existem outros sintomas que podem passar despercebidos como a fadiga, perda de apetite, náuseas e dores de cabeça. A desidratação pode se manifestar com sintomas sutis como boca seca, sede intensa, tontura e redução da urina”, ressalta Kaio.
Prevenção
A falta de saneamento básico, a higiene inadequada e o consumo de água ou alimentos contaminados são os principais fatores de risco para a condição. Para prevenir a GECA, as medidas de higiene, como lavar as mãos frequentemente, são essenciais.
“O consumo de alimentos bem higienizados e de água de origem segura não deve ser ignorado. Além disso, é importante evitar o contato próximo com pessoas infectadas. Em alguns casos a vacinação é fundamental, como a vacina contra o rotavírus para as crianças”, explica o médico.
A busca pelo pronto atendimento deve ocorrer ao sinal de sintomas como desidratação severa (com sede intensa, boca muito seca, tontura, pouca ou nenhuma urina), febre alta persistente, sangue nas fezes, vômitos constantes ou incapacidade de ingerir líquidos. No caso das crianças, a desidratação e a recusa alimentar são sinais de alerta.