O que aconteceu com Lula? Saiba o que é embolização, novo procedimento realizado no presidente
O presidente continua em observação na UTI após novo procedimento realizado nesta quinta-feira (12), que segundo a equipe médica, já estava previsto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, passou por um procedimento de embolização nesta quinta-feira (12), após sofrer um hematoma intracraniano devido a uma queda.
Segundo os médicos, a intervenção foi realizada para bloquear o fluxo sanguíneo na área afetada, sendo considerada uma abordagem pouco invasiva, mas eficaz para evitar complicações.
O Dr. Marcos Stavale, que faz parte da equipe médica do presidente, explicou que, no início da semana o hematoma foi identificado em ambos os lados da cabeça, mas com características distintas de evolução que a embolização impede um novo sangramento.
Hematomas intracrinianos
É importante destacar que o hematoma de Lula não foi no cérebro. "Foi entre o crânio e o cérebro, na meninge", explicou o neurologista Rogério Tuma, também da equipe.
Após a queda em outubro, o lado esquerdo do presidente apresentou um crescimento mais rápido do hematoma, o que levou à necessidade de drenagem, realizada na terça-feira(10). Já o lado direito evoluiu mais lentamente, com o hematoma sendo absorvido naturalmente pelo organismo.
O que é embolização?
A embolização é um procedimento médico minimamente invasivo que visa interromper o fluxo sanguíneo em uma área específica do corpo. No caso do presidente Lula, o procedimento foi realizado na artéria meníngea média, localizada nas meninges, as camadas que protegem o cérebro.
Durante a embolização, um cateter é inserido através de um pequeno corte em uma artéria, geralmente na virilha, e guiado até a área afetada, onde materiais especiais, como partículas ou espumas, são liberados para bloquear o fluxo de sangue.
Isso ajuda a prevenir o sangramento contínuo ou recorrente, promovendo a cicatrização do local e evitando complicações futuras.
O médico Marcos Stavale, responsável pela operação, afirmou que a chance de um novo sangramento é "estaticamente desprezível", e não houve sinais de sangramentos entre a cirurgia de terça e o procedimento desta quinta.
A embolização é comumente utilizada em casos de aneurismas, miomas e tumores, sendo uma solução eficaz e minimamente invasiva, que foi realizada por sedação, sem necessidade de anestesia.
Em relação ao estado de saúde de Lula, o dr. Marcos Stavale afirmou: “Ele está neurologicamente perfeito, está ótimo, conversando. Hoje foi um procedimento para que nós não enfrentemos no futuro o que aconteceu nesta última jornada que ele passou”.
A equipe médica também esclareceu que o quadro viral de Lula, com o qual ele foi diagnosticado, não tem relação com o hematoma intracraniano.
Alta de Lula
Segundo a médica responsável pelo tratamento do presidente em Brasília, Ana Helena Germoglio, a alta "deve ocorrer em breve". A equipe garantiu que o risco de novas complicações é considerado baixo.