O que aconteceu com Lula? Saiba o que é embolização, novo procedimento realizado no presidente

O presidente continua em observação na UTI após novo procedimento realizado nesta quinta-feira (12), que segundo a equipe médica, já estava previsto

Publicado em 12/12/2024 às 11:32
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos,  passou por um procedimento de embolização nesta quinta-feira (12), após sofrer um hematoma intracraniano devido a uma queda.

Segundo os médicos, a intervenção foi realizada para bloquear o fluxo sanguíneo na área afetada, sendo considerada uma abordagem pouco invasiva, mas eficaz para evitar complicações.

O Dr. Marcos Stavale, que faz parte da equipe médica do presidente, explicou que, no início da semana o hematoma foi identificado em ambos os lados da cabeça, mas com características distintas de evolução  que a embolização impede um novo sangramento.

Hematomas intracrinianos

É importante destacar que o hematoma de Lula não foi no cérebro. "Foi entre o crânio e o cérebro, na meninge", explicou o neurologista Rogério Tuma, também da equipe.

Após a queda em outubro, o lado esquerdo do presidente apresentou um crescimento mais rápido do hematoma, o que levou à necessidade de drenagem, realizada na terça-feira(10). Já o lado direito evoluiu mais lentamente, com o hematoma sendo absorvido naturalmente pelo organismo.

O que é embolização?

A embolização é um procedimento médico minimamente invasivo que visa interromper o fluxo sanguíneo em uma área específica do corpo. No caso do presidente Lula, o procedimento foi realizado na artéria meníngea média, localizada nas meninges, as camadas que protegem o cérebro.

Durante a embolização, um cateter é inserido através de um pequeno corte em uma artéria, geralmente na virilha, e guiado até a área afetada, onde materiais especiais, como partículas ou espumas, são liberados para bloquear o fluxo de sangue.

Isso ajuda a prevenir o sangramento contínuo ou recorrente, promovendo a cicatrização do local e evitando complicações futuras.

O médico Marcos Stavale, responsável pela operação, afirmou que a chance de um novo sangramento é "estaticamente desprezível", e não houve sinais de sangramentos entre a cirurgia de terça e o procedimento desta quinta. 

 

A embolização é comumente utilizada em casos de aneurismas, miomas e tumores, sendo uma solução eficaz e minimamente invasiva, que foi realizada por sedação, sem necessidade de anestesia.

Em relação ao estado de saúde de Lula, o dr. Marcos Stavale afirmou: “Ele está neurologicamente perfeito, está ótimo, conversando. Hoje foi um procedimento para que nós não enfrentemos no futuro o que aconteceu nesta última jornada que ele passou”.

A equipe médica também esclareceu que o quadro viral de Lula, com o qual ele foi diagnosticado, não tem relação com o hematoma intracraniano.

Alta de Lula

Segundo a médica responsável pelo tratamento do presidente em Brasília, Ana Helena Germoglio, a alta "deve ocorrer em breve". A equipe garantiu que o risco de novas complicações é considerado baixo.

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