ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Dois dias após terrorismo, superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal é exonerado

Desde o último domingo, o Distrito Federal está sob intervenção federal após golpistas invadirem e depredarem os prédios da Praça dos Três Poderes

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Raphael Guerra

Publicado em 10/01/2023 às 10:10 | Atualizado em 10/01/2023 às 10:15
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O superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, delegado Victor Cesar Carvalho dos Santos, foi exonerado do cargo nesta terça-feira (10). A dispensa acontece dois dias após as invasões e ataques terroristas aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

A exoneração do superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal foi assinada pelo  secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que, desde o último domingo (08), passou a ser o interventor da segurança no Estado.

A intervenção federal foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve durar até 31 de janeiro de 2023. 

De acordo com o portal G1, o novo superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal será o delegado Cézar Luiz Busto de Souza. 

Ele já foi superintendente em Maringá (PR) e teve passagem pele Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado. 

VEJA VÍDEO DAS DESTRUIÇÕES EM BRASÍLIA:


INVESTIGAÇÕES DE ATAQUES TERRORISTAS EM BRASÍLIA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que setores do agronegócio participaram do financiamento de grupos bolsonaristas envolvidos nas invasões e depredações nas sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

"Eu prefiro não me intrometer em investigações que competem à PF (Polícia Federal) e é precoce porque pode revelar ideia de generalização. Há pessoas vinculadas a este segmento econômico que participaram, é inequívoco, mas isso não significa generalização. Sejam quem for, serão chamados à responsabilização penal e civil", afirmou Flávio Dino, em entrevista coletiva na tarde desSa segunda-feira (09).

Segundo o ministro, a identificação dos financiadores dos atos antidemocráticos vai começar pelos contratantes dos ônibus que levaram os bolsonaristas ao Distrito Federal.

"Não é possível distinguir nitidamente possibilidades de financiamento. O que é possível é dizer cabalmente que há financiamento", destacou.

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