O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, na noite deste domingo (08), que todos os ônibus que trouxeram bolsonaristas pra os atos terroristas nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, já foram identificados. Os financiadores dos transportes também.
"Desta forma, haverá novos pedidos de prisão preventiva", declarou Dino, em pronunciamento.
Dino disse que os ataques não são "continuidade do processo eleitoral", mas terrorismo e golpismo. Ele afirmou que ainda há pessoas na internet falando em continuidade dos atos, mas que a grande maioria dos brasileiros não quer a implantação "desse tipo de espectro ou trevas". "Queremos nos solidarizar com os demais Poderes da República", afirmou.
O ministro também disse lamentar que o patrimônio do povo brasileiro tenha sido "dilapidado de modo vil". "As providências estão em curso e não têm hora para acabar", disse Dino.
"Não vamos aceitar o caminho da criminalidade para fazer política no Brasil", afirmou.
Dino também disse que houve crime de violência de grave ameaça ao governo constituído na invasão aos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais de 400 prisões em flagrante já foram efetuadas. "Criminoso é tratado como criminoso. E as providências estão sendo tomadas", disse.
Flávio Dino também comentou o fato de o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pedir "desculpas" ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre invasão em Brasília por terroristas bolsonaristas.
"Quero crer que Ibaneis vai apurar as responsabilidades. Ibaneis com certeza vai responder se alguém se omitiu", declarou o ministro.
Dino ressaltou que alguns governadores estão cedendo efetivo das polícias militares. "Estamos mobilizando esse efetivo para fortalecer a segurança do DF", emendou.
ENTENDA A INVASÃO EM BRASÍLIA
Manifestantes bolsonaristas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF na tarde deste domingo.
Imagens mostraram os terroristas em grande quantidade vandalizando os prédios dos Três Poderes da República.
No Palácio do Planalto, o grupo entrou pelo Salão Nobre e subiu a rampa para o terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente assinou decreto de intervenção federal na segurança do Distrito Federal e houve uma forte reação das forças de segurança, apesar da demora.
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