Um policial militar é suspeito de matar a tiros dois colegas de farda, na manhã desta segunda-feira (15), em Salto, no interior de São Paulo.
De acordo com testemunhas, o sargento Claudio Henrique Frare Gouveia invadiu e trancou uma sala na 3ª Companhia do 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior (50º BPM/I) e usou um fuzil para atirar nos policiais.
As vítimas foram identificadas como sargento Roberto da Silva, de 52 anos, e capitão Josias Justi, 39, que era o comandante da PM no município desde 2020.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros prestou socorro às vítimas, mas os dois policiais não resistiram à gravidade dos ferimentos.
O suspeito se entregou e foi detido. A motivação do crime ainda é desconhecida.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, por meio de nota oficial, que a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo está acompanhando a investigação do crime.
"É com extremo pesar que a Polícia Militar informa que nesta segunda-feira (15), por volta das 9h, dois policiais militares foram atingidos por disparos de arma de fogo efetuados por um sargento da Instituição por razões ainda a serem esclarecidas", disse trecho da nota.
"Todas as providências de Polícia Judiciária Militar estão em andamento neste momento e a Corregedoria da Instituição acompanha as apurações", completou.
POLICIAIS CIVIS MORTOS EM CAMOCIM
Nesse domingo (14), em crime semelhante, um policial civil matou quatro colegas na Delegacia Regional de Polícia Civil de Camocim, no Norte do Ceará. O suspeito foi identificado como o inspetor Antônio Alves Dourado, de 44 anos.
Três policiais civis morreram na delegacia. Outro morreu na área externa. As vítimas do ataque a tiros foram:
Antônio Claudio dos Santos, escrivão;
Antônio José Rodrigues Miranda, escrivão;
Francisco dos Santos Pereira, escrivão;
Gabriel de Souza Ferreira, inspetor.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança de Camocim, o policial civil responsável pelo ataque estava de folga neste domingo. Ele chegou a fugir em uma viatura da polícia e, depois de abandonar o veículo, se apresentou no Batalhão da Polícia Militar do município.
Em audiência de custódia, nesta segunda-feira (15), foi decretada a prisão preventiva do policial civil. Em depoimento, o suspeito preferiu ficar em silêncio.
ATAQUE EM BATALHÃO DA PM NO RECIFE
O ataque ocorrido no Ceará é semelhante ao episódio trágico envolvendo policiais militares de Pernambuco, em 20 de dezembro de 2022.
O soldado Guilherme Santana Ramos de Barros, de 27 anos, matou a tiros Cláudia Gleice da Silva, 33, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Em seguida, rendeu um motorista de aplicativo e o obrigou a seguir até o bairro do Pina, na capital, onde fica o 19º Batalhão da Polícia Militar. Lá, atirou nos colegas e depois teria se matado. Além dele, dois policiais morreram e outros dois ficaram feridos.
Em depoimentos colhidos pelos investigadores da 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios, ficou claro que o soldado não aceitava o fim do relacionamento e que também praticava agressões contra a mulher, que estava grávida de três meses. Essa investigação já foi concluída.
Já o inquérito policial militar instaurado para descobrir o que levou o soldado a matar colegas de farda nunca teve o resultado divulgado oficialmente.