Confusão entre detentos deixa feridos no Presídio de Igarassu

Briga aconteceu em uma cela nesta quinta-feira (11). Secretaria de Administração Penitenciária disse que presos vão responder por falta administrativa

Publicado em 11/07/2024 às 18:02

O Presídio de Igarassu, o mais superlotado de Pernambuco atualmente, viveu momentos de tensão na tarde desta quinta-feira (11). Dois detentos ficaram feridos durante uma confusão que ocorreu em uma das celas da unidade.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização deu poucos detalhes sobre a confusão. Em nota, confirmou a ocorrência e disse que tudo foi controlado pelos policiais penais. "Os feridos foram encaminhados para atendimento na enfermaria do PIG e, em seguida, à delegacia para medidas cabíveis", disse. 

A pasta estadual pontuou ainda que os demais envolvidos responderão por falta administrativa disciplinar. Os nomes e a quantidade de presos que se envolveram na confusão não foram informados. 

O Presídio de Igarassu conta com pouco mais de 5,4 mil detentos, mas tem capacidade para até 1,2 mil.

SUPERLOTAÇÃO E FALTA DE ESTRUTURA BÁSICA

Em vistoria realizada em maio, representantes do Conselho Penitenciário do Estado (Copen/PE) identificaram as péssimas condições em que vivem os reeducandos no Presídio de Igarassu. Eles ficam aglomerados em espaços improvisados, com estrutura precária e sem o mínimo de higiene.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), outra deficiência do Presídio de Igarassu é a baixa quantidade de policiais penais - situação que atinge todo o sistema prisional pernambucano.

"No Presídio de Igarassu, por exemplo, atuam 30 agentes penais no período diurno e dez agentes em regime de plantão no período noturno para fiscalizar população carcerária. A desestruturação acentuada de natureza espacial e humana inviabiliza uma fiscalização efetiva de entrada constante de drogas e celulares no presídio. O corpo diminuto de agentes penais coloca em risco a própria segurança da unidade, fomentando riscos de fuga e rebeliões", pontuou a procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, em entrevista recente à coluna Segurança

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