SOCIEDADE

Streaming tem avanço, mas ninguém bate a televisão

Leia a coluna social desta terça do seu Jornal do Commercio

Mirella Martins
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Mirella Martins
Publicado em 27/12/2022 às 0:00
Vision24/ Pixabay
Televisão - FOTO: Vision24/ Pixabay

Durante a pandemia de Covid-19, os brasileiros passaram a explorar as TVs Conectadas de forma mais ampla. Tanto que o eletrônico atingiu seu auge em penetração e utilização. Dados da Kantar Ibope Media mostram que a inserção do eletrônico mais do que dobrou em quatro anos, passando de 27% em 2017 para 57% em 2021.

As TVs também estão, cada vez mais, se tornando a tela preferida para reprodução de conteúdo, pois 92% dos brasileiros usam o aparelho para consumir vídeo. Nesse contexto, 79% do tempo é dedicado às emissoras de televisão linear e 21% aos serviços de streaming – sendo 15% para conteúdos gratuitos e financiados por publicidade  e 6% para produtos por assinatura.

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Duda e Vitinho Carvalheira no tradicional Natal do grupo - ARIEL MARTINI/DIVULGAÇÃO

Tendências

Todo esse movimento fez com que as TVs Conectadas entrassem para a lista de tendências do Media Trends & Predictions 2023, previsão anual da Kantar Ibope Media, que visa mostrar como o cenário de mídia evoluirá globalmente no próximo ano. Tal insight pode ajudar os anunciantes na hora de direcionar os gastos e de fortalecer seu posicionamento no mercado.

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Maisa Silva também veio curtir a festa natalina da Carvalheira - ARIEL MARTINI/DIVULGAÇÃO

TV Linear 

As emissoras de TV Linear alcançam 93% da população pesquisada mensalmente, sendo que a audiência é formada, principalmente, por pessoas acima de 35 anos (75%) e que fazem parte da Classe C (49%).

Vale destacar também que, em média, os brasileiros gastam 5h37min diariamente em frente à TV Linear. Em relação aos conteúdos, 25% do tempo é dedicado a programas jornalísticos, 18% a novelas e 11% ao futebol e outros esportes.

Streaming de vídeo

Enquanto isso, os serviços de streaming atingem 61% dos brasileiros mensalmente. O público é formado, majoritariamente, por usuários de 35 a 49 anos de idade (26%) pertencentes à Classe C (48%).

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Alessandra Saraiva com o filho Francisco e o cachorro Raio - DIVULGAÇÃO

E as redes?

Embora YouTube e Facebook estejam estabelecidos há algum tempo, os serviços AVOD continuam em crescimento. Principalmente por conta dos vídeos mais curtos – 77% dos jovens conectados de 15 a 19 anos consomem o formato mensalmente. Já os produtos SVOD costumam atrair a assinatura por conta do preço (47%), do catálogo (47%) e da conexão em diferentes devices (30%).

Projeções

À medida que a distribuição de vídeo avança em direção ao futuro, as TVs Conectadas terão um papel ainda mais importante na vida dos brasileiros, sendo porta de entrada do entretenimento nos lares.

Uma projeção da Kantar é que o Internet Protocol se tornará padrão para toda a distribuição de conteúdo e publicidade de TV, seja linear, seja streaming. A expansão da rede de fibra e de 5G será essencial para lidar com enormes cargas de distribuição de vídeo em resolução cada vez maior. Assim, a transmissão da forma que é vista hoje poderá durar até a próxima década.

Realidade aumentada

Em uma realidade mais próxima, investimentos significativos estão sendo feitos em aplicativos de realidade virtual e aumentada para televisão. A Apple deve lançar a AR TV, enquanto Mark Zuckerberg, da Meta, esboça um cenário em que os aparelhos não serão objetos físicos, mas softwares em execução dentro de um metaverso.

Próximo ano

Para 2023, por sua vez, além de facilitar novas formas de publicidade, como a exibição de anúncios em telas e menus domésticos, as TVs Conectadas estão preparadas para desenvolver capacidades de publicidade endereçável e expandir seu alcance. A previsão é que o setor cresça quase US$ 30 bilhões até 2024.

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