Quando Raquel Lyra acordou hoje, o mundo estava exatamente igual a ontem. Bom, pelo menos para mim e você. Para ela, tudo mudou, e a partir deste 1º de janeiro será o começo de uma nova história. Dela como política; como a mãe de Nando e João; como a primeira governadora de Pernambuco.
Hoje é dia que essa servidora pública, mais uma vez, terá seu status alterado. Agora sob as bênção da maioria dos 7 milhões de eleitores pernambucanos.
A partir das 15h, ela abraça o desafio de conduzir, com leveza e pulso firme, a vida dos seus filhos e dos seus conterrâneos. Missão que a cobre de honra, em especial por ser a primeira mulher a desempenha-la. "Tenho muita energia ao nosso redor e confiança de entregar melhor do que encontrei", anota a nova chefe do executivo estadual em entrevista exclusiva para o SJCC, semana passada, entre um e telefonema e outro em meio as burocracias de sua mudança para o Recife, com a ajuda de sua mãe.
Raquel está focada, determinada e, na certeza de suas escolhas, para dar uma chacoalhada na vida de nós todos pelos próximos quatro anos.
Vocaliza um discurso estadista, sem perder a doçura. Fala de números. Braveja. "Pernambuco vai mal e não sou eu falando. São os indicadores. Temos que saber como buscar os recursos e desarmar as bombas que estão porvir", reclama.
Garante que vai se entregar e cobrar. "Eu prefiro dizer que sou mais determinada do que exigente. Para mim, o trabalho só acaba quando termina, não dá para largar o trabalho no meio. Eu delego e cobro o que foi pactuado. Quem trabalha comigo, sabe bem que temos um plano de governo, quais são nossas entregas para gerar resultado", explica.
Como toda mãe, mulher e executiva, carrega culpas, mas tem uma expectativa gigantesca. "As coisas não viram 180° de um dia para o outro e, por isso, a necessidade de eleger prioridades e colocar a população em primeiro lugar".
Na vida pessoal, mais mudanças. Novas responsabilidades e antigas. "Vai mudar tudo", responde seguida de um silêncio onde se escuta reflexão. “Começamos por mudar de cidade, mas sei que posso contar com minha rede de apoio e eles (os filhos João e Nando) sempre terão o espaço deles (no Palácio) como tinham em Caruaru. Eles precisam saber que podem contar comigo e vocês vão saber que tem uma mãe sentada na cadeira de governadora pela crocs no escritório", brinca.
Sobre as ausências e agenda espartana, Raquel tira de letra: "João já nasceu comigo fazendo campanha. Eu exerço mandato há 12 anos, exatamente a idade dele. Essa realidade já faz parte da vida deles porque é minha vida. Sempre busquei, como deputada e prefeita, inclui-los e, hoje, eles já dão opinião sobre alguns assuntos", avisa. "Nossos meninos são muito melhores do que a gente", filosofa.
Sobre o futuro, sabe que não tem solução fácil para problemas complexos, mas está aberta a críticas construtivas. E o mais importante é escolher as prioridades, abrir frentes, ter um olhar mais assertivo e COMEÇAR.
"Eu tenho muita honra em ser a primeira governadora de PE"
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