Desde o começo dos anos 90, arrasta-se um processo movido por João Gilberto contra a EMI/Odeon pelo álbum
O mito, coletânea que engloba os três primeiros e fundamentais LPs do cantor. Ele alegou não ter sido consultado sobre o lançamento, e que sua obra foi deturpada, além da masterização que não lhe agradou.
O mito, logo tirado de catálogo, é de 1988, porém foi mais um problema e inépcia em lidar com a nova tecnologia, do que de má intenção da gravadora.
Era o início do CD de fabricação nacional, com muitos discos feitos a partir não da matriz, mas do próprio LP. Alguns discos de rock internacional tem qualidade sonora espantosamente ruim. Em outros dá até para ouvir os chiados do vinil.
Mas o que o diria João Gilberto do álbum
Chega de saudade, lançado no exterior em janeiro de 2013, por um selo chamado Otey Records?
João Gilberto - Chega de saudade tem 42 faixas, quase todas dos primeiros três álbuns do baiano.
As duas últimas faixas são raridades que pouca gente conhece. Foram extraídas do único 78 rotações solo dele, lançado em 1952, quando ainda imitava João Gilberto. São dois sambas-canção
Meia luz (Hianto de Almeida/João Luiz), e
Quando ela sai (Alberto Jesus/Roberto Penteado).
Os dois sambas-canção também estão no repertório do CD
Samba da minha terra, lançado pelo selo We Love Rhythm. Coincidentemente são novamente as faixas finais do repertório desta coletânea, lançada no no passado.
Confiram o áudio de
Meia luz, com João Gilberto:
http://www.youtube.com/watch?v=fUB13qwnQ0A