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Out among the Stars, recém-lançado disco de Johnny Cash, foi gravado entre 1981 e 84, e arquivado. É um álbum errático, com algumas canções excelentes, entre umas poucas fracas. O barítono de Cash não soa tão firme. Pouco tempo depois, ele seria dispensado pelo selo Columbia (da CBS, hoje Sony Music).
Boa parte destas canções foi gravada durante a fase mais forte de dependência química do cantor, que em 1984 entraria em uma clínica para recuperação de drogados na Califórnia. Não é um trabalho que vá figurar entre os obrigatórios de Johnny Cash, mas ainda assim é um bom disco.
Ele tem como convidados, outra lenda country Waylon Jennings, e June Carter, sua mulher (falecida também em 2003), que vem de uma clã que marcou a country music, The Carter Family. Country, meio rock-a-billy, a música de Johnny Cash é sempre muito forte, mesmo que o o cantor estivesse debilitado quando gravou estas canções.
O álbum, que não deve ser carimbado como um "disco perdido", é uma compilação de canções registradas num mesmo período. São, em sua maioria, melancólicas, se referem a tempos melhores, feito em She used to love me a lot, mas sem nostalgia, nem renegar o presente. O clássico I'm moving on, define bem o estado de espírito dele, e o álbum: "Já lidei com meus fantasmas, e encarei todos os meus demônios/continuo caminhando", os versos iniciais da música.
A partir de 1993, depois que passou a ser produzido por Rick Rubin, a carreira de Johnny Cash engrenou novamente. Com o filme Walk the line (2005), o mito não apenas se solidificou, como se tornou mais popular. Johnny Cash é hoje tão presente e influente na música americana, quase o quanto foi nas décadas de 50 e 60.
Confiram Johnny Cash no áudio de She used to love me a lot: https://www.youtube.com/watch?v=WBlRx7DlL_E 