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Chris Martin, vocalista e compositor principal da Coldplay separou-se da atriz Gwyneth Paltrow durante a gravação do novo disco da banda, Ghost stories, que chega às lojas, terça-feira (20 de maio), mas já foi liberado para streaming. Álbuns nascidos durante crises amorosas invariavelmente são influenciados por elas. Blood on the tracks (1975), de Bob Dylan nasceu durante sua separação de Sarah. É um álbum de canções densas, considerado um dos melhores de Dylan (embora ele negue que as canções sejam autobiográficas).
Ghost stories contém os fantasmas que atormentam Chris Martim. Always in my head é uma balada lenta, de atmosfera quase new age, com versos que Roberto Carlos assinaria: "Penso em você/não tenho dormido/penso que consigo/mas não esqueço/você está o tempo todo no meu pensamento". Em Ink, Martin lembra de uma tatuagem com o nome dela, e se derrama em lamúrias: "Tudo o que sei, tudo o que sei/é que estou perdido/tudo o que sei/ é que te amo demais/tanto, que sinto doer"
Algumas canções são belas, feito a melíflua Ocean, e a citada Ink, por exemplo. Em A sky full of star o disco anima-se mais um pouco, lembra o Coldplay que se tornou o grupo das arenas lotadas, esta deve ser a música para animar a festa nos shows de Ghost stories. Mas deste disco se pode afirmar o mesmo que se dizia dos shows do Grateful Dead: você só vai curtir pra valer se tiver no mesmo nível de consciência dos dos músicos. No caso do Coldplay, no estado de fragilidade emocional de Chris Martin.
Confiram o Coldplay no áudio de A sky full of stars:
https://www.youtube.com/watch?v=QVP6bnNavZk
