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Sarah Vaughan num box para degustação durante a pandemia

A Golden Star Collection, traz 89 canções, quatro horas de música

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Publicado em 08/07/2020 às 23:22 | Atualizado em 08/07/2020 às 23:23
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Falecida há 30 anos, Sarah Vaughan ganha uma volumosa coletânea, digital e vinil, que deve ser degustada aos bocados. Bons bocados. Sarah Vaughan - Golden Star Collection, tem mais de quatro horas de música, 89 faixas. Ideal para ir degustando enquanto a peste não nos deixa.
Uma das mais importantes e inovadoras das cantoras de jazz. Sarah trouxe elementos do be bop para o pop, sem concessões. Sobressaiu-se entre dois gigantes, Ella Fitzgerald e Billie Holiday, ao mesmo que tocava com feras feito Charlie Parker e Dizzie Gillespie. Com os dois integrou a orquestra de Billie Eckstine, um dos maiores vozes da história do jazz. Há o grande cantor de música popular, e o cantor de jazz. Frank Sinatra foi fenomenal, mas não conseguia cantar jazz.
Billie Eckstine conciliava ambos, foi um grande cantor popular e de jazz. Pode-se dizer que o be bop nasceu em sua orquestra, pela qual passaram além de Sarah, Bird e Dizzie, Miles Davis, Dexter Gordon, Art Blakey, Tadd Dameron, citando parte deles. Foi na orquestra de Eckstine que Sarah Vaughan começou a gravar. Antes, na orquestra de Earl Hines ele se limitava ao piano, era ótima pianista Na caixa há onze faixas com Sarah Vaughan e Billy Eckstine.
Especialmente deliciosas são as canções que gravou, nos anos 50, com o trompetista Clifford Brown, nove faixas, registradas em duas sessões, em dezembro de 1954, para o selo EmArcy, da Mercury. O disco é de Sarah Vaughan, mas Clifford Brown atrai as atenções. O álbum, o primeiro LP da cantora, foi creditado apenas a ela. Tempos depois, foi dado o devido crédito a Clifford.
Das 89 canções praticamente todas são de clássicos do the great american songbook. Body and Soul, September Song, Polka Dot and Moonbeams, You Hit the Spot, praticamente todo o repertório é biscoito fino. Os compositores nos Estados Unidos trabalhavam em produção industrial para atender a demanda. Nem tudo que Sarah Vaughan gravou é bom. Ela vivia num palco ou num estúdio, neste gravou músicas que não lhe mereciam. Mas não as que estão nesta Golden Star Collection.

 

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