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LITORAL SUL

Hotelaria de Porto de Galinhas recontrata 40% dos trabalhadores demitidos durante a pandemia

Com crescimento da ocupação hoteleira, compromisso do trade é recontratar todos os funcionários até fevereiro

Mona Lisa Dourado
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Mona Lisa Dourado
Publicado em 30/11/2020 às 20:35 | Atualizado em 30/11/2020 às 21:56
Hans Von Manteuffel/DIVULGAÇÃO
Eduardo Tiburtius, ao microfone, diz que contingente de desempregados na hotelaria já foi reduzido de 40% para 15% - FOTO: Hans Von Manteuffel/DIVULGAÇÃO

Durante o período de suspensão das atividades por causa da pandemia da covid-19, a hotelaria de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, chegou a demitir 40% do seu capital humano. Cerca de seis mil trabalhadores, dos 15 mil empregados formalmente no turismo, foram dispensados entre março e junho. Com a retomada do setor e a reabertura dos empreendimentos a partir do início de julho, a boa notícia é que parte desses colaboradores já foi recontratada. É o que garante o presidente do Convention & Visitors Bureau do destino, Eduardo Tiburtius. "Reduzimos de 40% para 25% o contingente de desempregados", disse o executivo durante a coletiva de imprensa de abertura do Visit.Pernambuco Travel Show, evento de promoção do turismo que ocorre no balneário até a próxima quarta-feira (2). "Se tudo correr bem, sem segunda onda de contaminação, até fevereiro teremos todos os funcionários de volta", corrobora o presidente da Associação de Hotéis e Pousadas de Porto de Galinhas, Massimo Pellitteri, afirmando que a readmissão é um compromisso do trade.

Se depender do ritmo de crescimento da ocupação hoteleira, isso não deve demorar a se concretizar. Para a alta estação, os hotéis já contam com 70% dos quartos reservados, com permanência média de cinco dias e tíquete médio em torno de R$ 415, quase próximo a patamares pré-pandemia. O perfil do hóspede também tem voltado a ser o de antes da covid-19. De setembro para outubro, Porto de Galinhas já passou a ter mais visitantes que chegam ao destino de avião que de carro. Cerca de 70% deles são de fora do Nordeste, sobretudo São Paulo e Minas Gerais.

Foi a confiança na retomada da atividade que encorajou o trade local, com o apoio dos governos federal e estadual e de entidades do setor, a realizar a segunda edição do Visit.Pernambuco, que teve início nesta segunda-feira (30). O evento reúne 60 operadores de 12 Estados do País e 70 expositores, entre hotéis, pousadas, receptivos e restaurantes, que apresentarão seus serviços até o próximo dia 2. "Apostamos principalmente nas operadoras que vendiam para o exterior e pouco o destino Pernambuco. Como as viagens internacionais estão inviabilizadas neste momento, é uma oportunidade", diz Tiburtius, lembrando que Porto de Galinhas também deixou de receber os visitantes de fora do País, sobretudo os argentinos que representavam entre 20% e 30% dos hóspedes. 

Também participam 13 co-expositores no estande de 120m² da Embratur, que exibirão as novidades de Foz do Iguaçu, Canela (RS), Tocantins, Paraná, São Sebastião (SP) e Rio Grande do Norte. Já a Empetur está presente com um estande de 85 m2, em que destaca as normas de biossegurança em vigor em Pernambuco, que renderam ao Estado do selo Safe Travels, concedido pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTCC). Ao todo, 200 participantes são esperados nos três dias de programação. O investimento na realização do Visit.Pernambuco é de R$ 800 mil, sendo R$ 234 mil provenientes da Embratur, R$ 156 mil da Empetur e R$ 100 mil em passagens aéreas fornecidas pela Azul. O restante da receita veio da comercialização de estandes. 

A estimativa é que, entre vendas de diárias de hotel, pacotes e passeios, sejam gerados R$ 26 milhões em negócios para 2021, quando Porto de Galinhas espera voltar a romper a marca de um milhão de turistas que vinha registrando nos últimos anos.

Isso se mantiver os níveis de contaminação pela covid-19 sob controle, incentivando e fiscalizando o cumprimento das medidas de segurança sanitária. 

Durante o Visit.Pernambuco, entre os protocolos adotados, estão a obrigatoriedade de agendamento prévio de reuniões, para evitar aglomerações nos estandes, uso de máscara, distribuição de álcool em gel e distanciamento entre os assentos no auditório onde ocorrem as capacitações.  


 

 

 

 

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