"O governo torce e reza para o fim da pandemia e chegada da vacina", disse o presidente da Embratur Gilson Machado Neto nesta segunda-feira (30), durante coletiva de imprensa do Visit.Pernambuco Travel Show, ao ser questionado sobre o planejamento do governo federal para lidar com uma possível segunda onda de covid-19. De acordo com o gestor, não há um plano B, porque simplesmente não se conta com essa possibilidade no Palácio do Planalto. "O setor de turismo não aguentará", reiterou o gestor, que era o único sem máscara na mesa, em que todos os demais gestores públicos e privados reiteravam a necessidade de cumprimento dos protocolos de segurança sanitária para evitar um novo ciclo de contaminação pela covid-19.
O gestor também se queixou da falta de recursos da Embratur para promover o Brasil internamente e no exterior, depois que o Congresso vetou o repasse de 15% das verbas do Sebrae para o órgão, o que representaria um acréscimo de R$ 600 milhões por ano no orçamento da agência.
Machado Neto criticou, ainda, a MP 948, que impede a Embratur de fazer promoção internacional neste momento. Segundo o texto da medida provisória, qualquer gasto de dinheiro público no exterior só será possível seis meses após o fim da pandemia da covid-19.
Para o turismo interno, o gestor voltou a defender o afundamento de navios na costa brasileira, inclusive em Fernando de Noronha, como alternativa para atrair mais visitantes, além de chamar atenção para o potencial náutico de Porto de Galinhas, "que não conta com nenhuma marina", segundo ele. Machado Neto se diz empenhado agora, junto à secretária de Turismo de Ipojuca, Carol Vasconcelos, em viabilizar um terminal marítimo de passageiros no Estaleiro Atlântico Sul.
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